Reprodução/AutoaméricaBolhas no pneu são mais comuns do que parecem
Bolhas nos pneus representam um risco imediato à segurança de motoristas e passageiros.
Causadas principalmente por impactos contra buracos, guias ou calçadas, elas comprometem a estrutura interna do pneu e podem provocar estouros súbitos.
O alerta é do gerente de produtos Car e Motorsport da Pirelli para a América Latina, Fabio Magliano, que, em entrevista exclusiva ao Portal iG Carros, reforçou a necessidade de substituição imediata e apresentou alternativas de proteção ao consumidor.
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Segundo especialistas, o surgimento da bolha indica a perda do reforço estrutural na lateral do pneu, tornando-o inutilizável.
A Continental também destaca o crescimento dos registros no Brasil e recomenda cuidados simples que podem evitar o problema.
Risco invisível no cotidiano
A bolha no pneu é um defeito que pode surgir de forma silenciosa, mas com consequências graves.
“As bolhas comprometem a estrutura dos pneus e devem ser consideradas um risco imediato, pois o rompimento pode acontecer a qualquer momento”, diz Fábio.
A Continental, outra gigante do setor, reforça o alerta: no Brasil, cerca de 2.500 ocorrências por ano são registradas por sua equipe técnica, tendo como principal causa impactos em buracos e calçadas.
“Elas não podem ser ignoradas de forma alguma e o seu surgimento inutiliza o pneu”, alertou Rafael Astolfi, gerente de assistência técnica da empresa, ao Portal iG.
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Como surgem e como prevenir
As bolhas surgem quando há rompimento da estrutura interna da lateral do pneu, principalmente por choques contra buracos ou guias, ou ainda por montagem inadequada.
“Muito raramente são causadas por falhas de fabricação”, explica Magliano.
Evitar o contato com meio-fio, manter a calibragem correta, desacelerar diante de buracos e realizar a montagem com equipamento adequado são ações recomendadas.
A calibragem deve ser feita com os pneus frios e de acordo com o manual do veículo.
Além disso, a Pirelli oferece o programa Tyrelife™, que garante a troca gratuita de pneus com bolhas, cortes ou perfurações laterais, mesmo que os danos tenham sido acidentais — desde que o produto esteja dentro da cobertura do plano.
O que fazer diante do problema
Diante do surgimento de uma bolha, não há alternativa segura senão a substituição imediata do pneu.
“O uso, mesmo que temporário, é desaconselhado”, afirma o representante da Pirelli.
Em situações emergenciais, especialistas recomendam que, se a troca for impossível, o pneu com bolha seja mantido no eixo dianteiro — onde há maior chance de controle do veículo caso ocorra o estouro.
Dados e cobertura
Apesar da ausência de estatísticas oficiais sobre a incidência de bolhas em pneus no Brasil — dado que deve ser consultado junto à ANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos) —, o problema é recorrente em veículos de todos os tipos, especialmente os que trafegam em vias mal conservadas e com pneus descalibrados.
A conscientização do consumidor, aliada a cuidados básicos e atenção ao surgimento de protuberâncias laterais, é a principal forma de prevenção.
A orientação técnica é clara: uma bolha no pneu é uma anomalia estrutural séria — e não deve jamais ser ignorada.
Fonte: CARROS.IG.COM.BR