@dirapaes/ReproduçãoDira Paes no Roda Viva
Dira Paes, atriz brasileira, contou como cresceu em Belém imersa na fé católica e participou de atividades voluntárias durante o Círio de Nazaré, maior manifestação religiosa do Pará, e relatou como a religião influenciou sua formação e visão de mundo. As informações são do Roda Viva.
No #RodaViva, Dira Paes conta sua jornada de fé: ela rompeu com a religião após a filosofia, mas nunca com o “estado de fé”. A atriz critica quem usa a religião para o “apagamento” dos problemas e defende a busca pelo autoconhecimento e a solidariedade. #SomosCultura pic.twitter.com/XdAPEk60XX
— Roda Viva (@rodaviva) September 30, 2025
Em entrevista, ela descreveu sua trajetória em relação à religião: “ Eu venho de um colégio marista e eu amava estudar no colégio marista e lá durante os Círios de Nazaré eu fiz toda a minha formação católica. E durante o Círio de Nazaré a gente fazia serviços voluntários. E para mim já era uma manifestação de fé e de amor. E já não tinha uma coisa católica por trás desse sentimento .”
A atriz explicou que, mesmo em um ambiente religioso, desenvolveu uma relação própria com a fé, sem seguir rigorosamente os rituais. Ela contou ainda que sua mãe, responsável por criar sete filhos, associava cada um deles a santos, como em sua própria experiência.
“ A minha advogada é Nossa Senhora da Aparecida. Eu amei porque eu sou a mais moreninha. Então a minha advogada é ela. ” Segundo Dira, a religião sempre trouxe amor e solidariedade à sua vida, mesmo que de forma menos intensa que para sua mãe.
Rompimento com a religião
Dira Paes disse que, ao estudar filosofia, rompeu com a religiosidade institucional, mas manteve o que chamou de “ estado de fé ”. Para ela, esse estado inclui acreditar no bem, na intuição e na capacidade de confiar no outro.
“ Eu não rompo com esse estado de fé, de amor, de acreditar no outro, de acreditar no bem, de acreditar na intenção, na intuição ”, afirmou a atriz.
A atriz também refletiu sobre o uso inadequado da religião, alertando para o risco de mascarar problemas e causar danos às famílias: “ Infelizmente, muita gente busca a religião para o apagamento, para colocar para debaixo do tapete os problemas e isso faz muito mal a todas as famílias .”
Hoje, ela enxerga a fé como um caminho para autoconhecimento e conexão consigo mesma: “ Religião é conhecimento, é autoconhecimento, é você ter um encontro com o seu eu .”
Fonte: GENTE.IG.COM.BR