‘A cultura aqui prepara futuros atletas’, diz preparador físico de time da NBA

Felipe Eichenberger conta sobre preparação do Denver Nuggets para a temporada

Instagram/Felipe Eichenberger Felipe Eichenberger conta sobre preparação do Denver Nuggets para a temporada

A temporada 2020/21 da NBA começou a todo vapor por conta do calendário apertado devido a pandemia do novo coronavírus.  As equipes vêm tomando cuidados redobrados para não perder nenhum atleta seja por lesão ou pelo vírus. Para o chefe de preparação física do Denver Nuggets, o brasileiro Felipe Eichenberger, 35, a temporada anterior ajudou as franquias a terem uma noção maior de como devem se preparar para períodos tão complicados como esse.

– A pandemia afetou muito o nosso planejamento. Tivemos que montar treinos individualizados para cada atleta se preparar para a retomada e conseguir desempenhar o seu melhor. Produzimos bem em relação a isso, tanto que chegamos as finais de conferência da NBA. Tomamos todos os cuidados necessários, mas também tivemos a sorte como aliada. Para essa temporada, queremos evoluir independente do resultado – disse Eichenberger.


Felipe se mudou jovem para os Estados Unidos, aos 18 anos. Por lá tentou a sorte no basquete, mas se viu atuando de outra maneira nos esportes, como preparador físico. Em 2011 foi chamado para incorporar a equipe do Denver Nuggets, e desde lá não saiu mais do clube, virando chefe de preparação física da franquia e referência para outros profissionais. O brasileiro falou sobre as diferenças do basquete norte-americano para as ligas restantes do mundo e um possível sonho de equilibrar o nível de qualidade entre elas.

– Dificilmente o nível de qualidade chegará perto. A cultura aqui (Estados Unidos) prepara futuros atletas, e aqueles que desde pequenos almejam chegar na NBA, isso que difere dos demais.

– As equipes montam uma estrutura especialmente focada no aprimoramento das técnicas. A competividade é muito grande entre as franquias. Trabalhamos para que cada fundamento do esporte seja visível dentro das quadras. Esses são os diferenciais daqui – conta o preparador físico.

Por se tratar de uma liga de salários astronômicos e atletas vistos pelo mundo todo, a união dentro das equipes é algo em evidência a todo momento. Felipe conta sobre como é trabalhar no Denver com estrelas da NBA, como Nikola Jokic, Jamal Murray, Paul Milsap e outros.

– Todas as equipes têm aqueles que são mais “estrelas” que outros. Mas, no geral os grupos são bem unidos, a maturidade entre eles faz com que todos tenham um objetivo em comum.

Fonte: ESPORTE.IG.COM.BR