Reprodução Instagram/@saopaulofcRaí comemora um dos muitos gols decisivos pelo São Paulo.
Raí salvou o São Paulo muitas vezes na conquista da Libertadores de 1992, mas o gol de falta a 3.650 metros de altitude, contra o Bolívar em La Paz, pode ter sido o mais importante.
O São Paulo enfrentava o Bolívar pela terceira rodada da fase de grupos da competição. O Tricolor já tinha perdido para o Criciúma, por 3 a 0, na estreia e estava empatado em pontos com os bolivianos e catarinenses.
Em um jogo duríssimo para o time de Telê Santana, o adversário abriu o placar aos 15 minutos do primeiro tempo, obrigando o São Paulo a correr atrás do placar. Foi então que o inexplicável entrou em campo, aos 38 minutos do segundo tempo.
O gol de falta de Raí
Surgiu uma falta na intermediária sobre o experiente lateral Nelsinho, a uns 30 metros de distância, sem perigo aparente de gol. O ídolo pegou a bola, mas Raí não era exatamente conhecido por ser um exímio batedor — só havia feito três gols desta forma.
Na cobrança, o capitão bateu firme e o chute ganhou velocidade, aproveitando menor resistência do ar em grandes altitudes. A bola foi no meio do gol, exatamente na direção do goleiro Trucco, que aceitou.
Para entender a importância daquele gol para a história do clube, é preciso lembrar que o São Paulo se classificou apenas na última rodada, com uma vitória sobre o Bolívar no Morumbi.
O iluminado Raí salvou o São Paulo da derrota e manteve vivo o sonho do primeiro título da Libertadores, que virou realidade três meses depois.
Veio o mundial, e outro gol de falta do camisa 10 é lembrado como o mais importante da vida do clube. Mas isso é uma outra história.
Fonte: ESPORTE.IG.COM.BR