Governo de Netanyahu, em Israel, pode chegar ao fim, após 12 anos

Governo de Netanyahu, em Israel, pode chegar ao fim, após 12 anos

Benjamin Netanyahu, primeiro ministro de Israel desde 2009 Reprodução Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel desde 2009

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahuestá no ponto mais vulnerável de seu posto — ainda no poder, desde 2009, por um acordo alinhavado entre partidos de ultradireita, direita, centro e esquerda.

O premiê tem dois dias para tentar acabar com a coalizão entre Naftali Bennett, do ultranacionalista Yamina, e Yair Lapid, do centrista Yesh Atid, que abarca a direita, com os partidos Azul e Branco e Nova Esperança. A esquerda, do Trabalhista e do Meretz; e ainda flerta com os muçulmanos do Ra’am.

Para qualquer um dos lados, o principal objetivo é tirar Netanyahu do cargo e promover um governo de mudança. “Vamos nos concentrar no que pode ser feito, em vez de discutir o que é impossível”, afirmou Naftali Bennett ao anunciar a união com Lapid. 

A declaração pode ser lida como a política econômica em prioridade em um primeiro momento, e não as questões divisórias do conflito Israel-Gaza.

Líder dos colonos, Bennett defende a anexação da Cisjordânia; Lapid representa os judeus seculares, ele tentou sem sucesso, enquanto ministro das Finanças de Netanyahu, remodelar o sistema que beneficia os ultraortodoxos. O acordo prevê a alternância entre os dois no comando do país.

“Não quero deprimir ninguém, mas esta é a coalizão mais difícil de ser construída na História de Israel e está longe de terminar”, disse o analista Anshel Pfeffer, do “Haaretz”, que escreveu uma biografia sobre Netanyahu.

A aliança terá de ser votada pelo Parlamento. Até lá, Netanyahu deve tentar ganhar tempo, questionando minuciosamente os termos do acordo. Réu em três processos por abuso de poder e corrupção, ele se aferra ao cargo para escapar da Justiça.

– Com informações do blog Sandra Cohen, do G1.

Fonte: ULTIMOSEGUNDO.IG.COM.BR