Outras duas pessoas foram presas no Paraná, entre elas o suspeito de chefiar o grupo. O jogador argentino Walter Kannemann também está entre as vítimas.
Cinco pessoas foram presas pela Polícia Civil em Porto Velho, na manhã desta terça-feira (24), suspeitas de integrar um grupo criminoso que aplicava golpes financeiros para desviar parte dos salários de jogadores de futebol.
Segundo apuração da TV Globo, entre as vítimas estão os atletas Gabriel Barbosa, o Gabigol, e o argentino Walter Kannemann.
Ao todo, sete pessoas foram presas nesta manhã, sendo duas no Paraná. Entre elas, o suspeito de falsificar os documentos dos jogadores e liderar o esquema.
Uma fonte da operação informou que, com a fraude, os criminosos conseguiram desviar R$ 938 mil apenas de salários do jogador Gabigol (entenda abaixo como funcionava o esquema).
Na operação, batizada de “Falso 9”, estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão e 22 mandados de busca e apreensão em Porto Velho (RO), Cuiabá (MT), Curitiba (PR) e Almirante Tamandaré (PR) e Lábrea (AM).
Os agentes apreenderam cerca de R$ 800 mil em dinheiro, diversos celulares, maquininhas de cartão e uma arma.
A operação conta com o apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), ligado ao Ministério da Justiça.
Como funcionava o esquema?
De acordo com a investigação, o grupo utilizava documentos falsos para abrir contas bancárias em nome dos jogadores. Depois, os criminosos faziam pedido de portabilidade dos salários, que passavam a cair nas contas abertas e controladas pelos golpistas.
A polícia apontou que, assim que os recursos eram transferidos para as contas, os golpistas rapidamente executavam diversas transações, além de saques e compras, para pulverizar o dinheiro e dificultar a recuperação.
A investigação aponta que os golpistas movimentaram mais de R$ 1 milhão em nome de terceiros e que parte significativa dos valores beneficiou pessoas localizadas em Porto Velho e Cuiabá. Até o momento, a polícia conseguiu recuperar R$ 135 mil.
Os suspeitos podem responder por fraude eletrônica, uso de identidade falsa, falsificação documental, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Somadas, as penas podem ultrapassar os 30 anos de prisão.
Por g1 RO