Setor imobiliário de Rondônia pode ganhar quase R$ 1 bilhão com universalização do saneamento

Universalização do saneamento pode gerar quase R$ 1 bilhão em valorização imobiliária em Rondônia, segundo estudo do Instituto Trata Brasil.

O saneamento básico representa um catalisador para o desenvolvimento de diversos setores da sociedade, com destaque para a valorização imobiliária. Um estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil avaliou que, em Rondônia, a universalização dos serviços de água e esgotamento sanitário poderia gerar ganhos de aproximadamente R$ 1 bilhão no setor imobiliário.

O saneamento qualifica substancialmente o solo urbano, influenciando diretamente as atividades nele desenvolvidas. Com infraestrutura de saneamento adequada, às construções existentes ganham valor e surgem novas edificações mais valorizadas. Isso aumenta o capital imobiliário das cidades, valorizando tanto os imóveis atuais quanto os futuros empreendimentos na região.

Segundo o estudo, entre 2021 e 2055, estima-se que o ganho para os proprietários de imóveis que alugam ou que vivem em moradia própria será de R$ 27,9 milhões por ano no estado, o que totalizará um ganho de R$ 975,4 milhões.

Os benefícios vão além da valorização imobiliária. Ou seja, considerando todas as externalidades positivas da universalização do saneamento, Rondônia poderia alcançar ganhos totais de R$ 3,083 bilhões, demonstrando como o investimento em infraestrutura básica gera retornos socioeconômicos significativos para toda a população do estado.

Conheça mais indicadores de saneamento no estado de Rondônia no Painel Saneamento Brasil.

Saneamento em Ariquemes

Em um recente Podcast, um empresário do ramo de corretagem de imóveis apontou os benefícios do saneamento para cidade de Ariquemes, que atualmente está em plena expansão da rede de esgoto da cidade, com meta de atingir 40% da população até o final do ano.

“Ariquemes tinha uma vedação no Plano Diretor que proibia a construção de prédios com mais de quatro andares. Quando ocorreu a concessão dos serviços de água e esgoto para a Águas de Ariquemes, foi prevista a implantação da rede de esgoto, com um plano definido para sua execução. Com essa previsão, a prefeitura alterou o Plano Diretor em 2019, permitindo a construção de edifícios no município”, destacou Acacio Campos ao podcast MKT na Veia.

A fala do empresário mostra o poder de transformação do saneamento básico para a cidade de Ariquemes, que já alcançou a marca de universalização da água tratada, com aportes milionários que impulsionaram a região a ser referência em saneamento no estado.

Outros exemplos

A cidade de Rolim de Moura também se destaca no cenário regional por seus investimentos e pela rápida expansão da rede de esgoto sanitário, demonstrando um compromisso firme com a saúde e a qualidade de vida dos cidadãos.

As obras de expansão da rede de esgoto estão em ritmo acelerado, com a projeção de alcançar 70% de cobertura nos próximos quatro anos.

Desde 2017, a rede pública de água e esgoto em Rolim de Moura está sob a responsabilidade da Águas de Rolim de Moura. Nos nove anos de concessão, o município já apresenta avanços significativos: a universalização da água tratada é uma realidade em toda a zona urbana. No distrito de Nova Estrela, todos os moradores são conectados ao sistema de água tratada — um marco para Rolim de Moura e para o estado de Rondônia.

A visão de longo prazo do município é evidente na reformulação de seu Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). Rolim de Moura foi um dos pioneiros a adequar o plano às metas do novo Marco Legal do Saneamento (Lei 14.026/2020), garantindo a expansão plena do saneamento pelos próximos 20 anos e estabelecendo-se como referência também no setor de regulação dos serviços.

Porto Velho na lanterna

Se por um lado cidades no interior se destacam, Porto Velho, capital do estado figura entre os municípios com os menores aportes investido por pessoal em saneamento, apenas R$ 63,46, segundo dados do Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA), muito abaixo da média nacional, estimada em R$ 250 por ano, segundo o Instituto Trata Brasil.

O último levantamento do Instituto Trata Brasil, realizado em 2024, classificou a capital rondoniense na última posição (100ª) no ranking de entrega da rede de saneamento. A capital conta com apenas 41,79% da população com acesso à água tratada. No que se refere à coleta total de esgoto, o cenário não é menos preocupante, são apenas 9,89% de esgoto coletado, desse total menos de 5% é efetivamente tratado.

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