Defesa Civil declarou estado de alerta devido ao Rio Madeira atingir a menor cota da série histórica de seca em Porto Velho, chegando a apenas 1,43 metros. O prognóstico indica a continuidade da seca devido à falta de chuvas na cabeceira do rio. Caso o nível caia para 1,22 metros, o município entrará em estado de emergência. Uma reunião do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) buscou integrar órgãos locais para avaliar a situação e discutir estratégias para enfrentar a seca.
Porto Velho, uma das cidades mais importantes da região amazônica brasileira, enfrenta uma situação alarmante: o Rio Madeira atingiu a menor cota da série histórica de seca, registrando apenas 1,43 metros. Esse cenário preocupante levou a Defesa Civil a declarar estado de alerta na região.
O nível do rio está 1,01 metro abaixo da cota considerada normal, de 2,44 metros. Segundo a Defesa Civil, a estimativa é de que a seca se prolongue, pois não há previsão de um volume de chuva expressivo na cabeceira do rio.
A situação se agrava ainda mais com a estimativa de que a seca perdure, uma vez que não há previsão de um volume de chuva expressivo na cabeceira do rio. O alerta máximo ocorrerá caso o rio atinja a marca crítica de 1,22 metros, o que levará o município ao estado de emergência.
Para compreender a magnitude desse desafio, é importante mencionar que o Rio Madeira é um dos principais afluentes do Rio Amazonas e desempenha um papel vital na ecologia e economia da região. Qualquer impacto significativo em seu nível afeta não apenas o abastecimento de água potável, mas também a navegação fluvial, a pesca e todo o equilíbrio ambiental da área.
A preocupação com a situação levou o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) a tomar medidas urgentes. Em 29 de setembro de 2023, o Censipam organizou a Primeira Reunião de Monitoria Hidrometeorológica do Rio Madeira no Centro Regional de Porto Velho. O objetivo primordial dessa reunião era apresentar um prognóstico climático e hidrometeorológico para a região afetada pela seca do Rio Madeira.
Essa reunião teve um foco claro: integração. Autoridades, órgãos reguladores e entidades envolvidas com o Rio Madeira foram convocados a discutir os problemas emergenciais, as medidas necessárias a serem tomadas e como cada parte pode contribuir de forma coordenada para enfrentar essa crise. A integração entre essas entidades tornou-se essencial para abordar eficazmente a seca do Rio Madeira.
O Gerente Regional do Censipam em Porto Velho, Caê Moura, destacou a importância da colaboração e da ação coordenada entre as diversas entidades envolvidas. Ele ressaltou a necessidade de estreitar os laços entre os órgãos para que possam atuar de forma eficaz e coordenada diante dessa emergência.
A reunião contou com a participação de uma ampla gama de instituições, incluindo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o Ministério Público Estadual de Rondônia, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), a Secretaria Municipal de Saneamento e Serviços Básicos (SEMUSB), a Companhia de Águas e Esgotos do Estado de Rondônia (CAERD), a Defesa Civil Municipal, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Universidade Federal de Rondônia (Unir), a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Defesa Civil do Acre, a Marinha do Brasil, a Defesa Civil de Porto Velho, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), a 17ª Brigada de Infantaria de Selva, a Atem Distribuidora de Combustíveis, a Base Aérea de Porto Velho, a Associação dos Portos e Hidrovias, a Fogás, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema), a Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão (SEMPOG), a Petróleo Sabbá e a Capitania Fluvial.
A seca do Rio Madeira é um desafio monumental que exige ação imediata e coordenada. Não apenas a cidade de Porto Velho está em risco, mas todo o ecossistema da Amazônia que depende desse importante curso d’água. A integração, a troca de informações e a colaboração entre as diversas entidades representadas na reunião são cruciais para enfrentar essa crise e encontrar soluções eficazes para preservar o Rio Madeira e seus ecossistemas.
A seca no rio Madeira está causando prejuízos significativos para a região. Entre os principais prejuízos estão:
- Impactos no transporte fluvial: A redução do nível do rio está dificultando o transporte fluvial, já que as embarcações não conseguem passar em alguns pontos. Isso está causando atrasos nas entregas de mercadorias e insumos, e aumento dos custos de transporte.
- Impactos na irrigação: A redução da vazão de água do rio Madeira está prejudicando a irrigação de lavouras e pastagens. Isso pode levar a perdas na produção agrícola e pecuária.
- Impactos no abastecimento de água: A redução da vazão de água do rio Madeira está afetando o abastecimento de água em algumas cidades da região. Isso pode levar a racionamentos de água e aumento das tarifas.
Além desses prejuízos imediatos, a seca também pode causar impactos de longo prazo na região. Entre os principais impactos de longo prazo estão:
- Impactos ambientais: A seca pode causar a redução da biodiversidade da região, já que muitas espécies de plantas e animais dependem das águas do rio para sobreviver.
- Impactos econômicos: A seca pode prejudicar o desenvolvimento econômico da região, já que o transporte fluvial é uma importante via de escoamento de mercadorias.
Fonte: Do Pimenta Virtual
Com informações de: Assessoria / CENSIPAM
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