O rio Madeira enfrenta a pior seca já registrada em sua história, com o nível de água abaixo de 1,20 metro, ameaçando colocar Porto Velho em estado de emergência. A seca revela praias e montanhas de pedras no leito do rio, afetando o abastecimento de água, a navegação e o transporte de mercadorias. Comunidades ribeirinhas estão sem acesso à água, e uma das maiores hidrelétricas do Brasil suspendeu suas atividades devido à escassez de água. A situação crítica está ligada à redução das chuvas na região, afetando o Amazonas como principal fornecedor de combustíveis e gás de cozinha para Rondônia.
O rio Madeira, uma das importantes vias fluviais da região Norte do Brasil, enfrenta uma crise histórica de seca que está causando impactos devastadores em Porto Velho e em toda a região circundante. O nível da água no rio atingiu seu ponto mais baixo já registrado, ficando abaixo de 1,20 metro, o que representa uma ameaça real para a capital de Rondônia.
A gravidade da situação se agravou quando, em uma única quinta-feira (5), o nível do rio diminuiu mais de 10 centímetros em apenas 24 horas. Isso marcou a primeira vez na história que o rio Madeira alcançou essa marca alarmante, colocando Porto Velho à beira de um possível estado de emergência, de acordo com a Defesa Civil Municipal.
Para entender a magnitude dessa crise, é importante ressaltar que o rio Madeira possui quase 1,5 mil quilômetros de extensão. No entanto, o que costumava ser uma vasta extensão de água deu lugar a uma paisagem desoladora de barrancos de areia gigantes, “montanhas” de pedras expostas e um chão seco que apresenta rachaduras profundas. Essa transformação radical é comparável a uma cena de deserto, algo inimaginável para uma região que costumava ser caracterizada por sua riqueza hídrica.
Os impactos da seca do rio Madeira são generalizados e abrangem diversas áreas. Além de afetar o abastecimento de água para milhares de pessoas, a seca histórica revelou “praias” gigantes e “montanhas” de pedras emergindo no meio do rio. Isso não apenas dificulta a navegação, mas também compromete o escoamento da produção em Rondônia. A Marinha do Brasil e a Defesa Civil de Porto Velho já proibiram a navegação noturna há dois meses, e a carga das embarcações precisa ser reduzida pela metade durante o período de estiagem.
A situação crítica também tem impactos econômicos significativos. A Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) relata que o tempo de viagem entre os estados afetados pela seca, normalmente de quatro dias, agora pode chegar a oito a 10 dias devido à falta de água no rio. Isso não apenas aumenta os custos logísticos, mas também impacta o suprimento de itens essenciais, como combustíveis e gás de cozinha. O Amazonas é o principal fornecedor desses produtos para Rondônia, e as balsas que transportam essas mercadorias estão operando com apenas metade de sua capacidade de carga.
Outro impacto humano significativo é sentido pelas comunidades ribeirinhas que dependem dos poços amazônicos. Mais de 15 dessas comunidades foram afetadas pela seca do rio Madeira e estão enfrentando uma falta crítica de acesso à água potável, o que coloca em risco a saúde e o bem-estar de seus habitantes.
Além disso, a crise hídrica teve repercussões na geração de energia. Uma das maiores hidrelétricas do Brasil, localizada na bacia do rio Madeira, precisou suspender suas operações devido à escassez de água, o que pode ter impactos na oferta de eletricidade para a região.
Diante dessa situação crítica, a Defesa Civil Municipal de Porto Velho está monitorando de perto o nível do rio e alertou que, se não houver uma recuperação significativa nos próximos cinco dias, a capital pode ser forçada a entrar em estado de emergência. A seca do rio Madeira é um lembrete dramático dos desafios que as mudanças climáticas e a gestão dos recursos hídricos podem apresentar em regiões que dependem do rio para múltiplos aspectos de suas vidas cotidianas e economia.
Fonte: Do Pimenta Virtual
Com informações de: Assessoria / Governo de Rondônia
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