Diretor de escola foi fechado por um carro que invadiu rotatória na contramão, fato que fez com vítima que trafegava em uma motocicleta colidisse com o veículo, o impacto foi forte o suficiente para deixar a vítima desacordada.
Além da total imprudência do motorista do veículo Fiat Uno, outro fator que chamou a atenção foi a omissão de socorro e falta de empatia com a vítima que estava caída ao solo. Vários veículos passaram ao lado da vítima que estava caída e desacordada, porém, ao menos pararam para sinalizar a via, caída ao solo a vítima correu um grande risco de ser atropelado por veículos que passavam pelo local.
Simultâneo ao acidente uma caminhonete preta para de frente para a vítima e simplesmente passa ao lado e vai embora, a deixando exposta a algo que poderia ser pior, além, deste veículos outros fizeram a mesma coisa, ignoraram a vítima que estava vulnerável, mostrando total falta de empatia e uma gravíssima omissão de socorro.
O professor Roberto, diretor da Escola Nair Barros, sofreu um acidente de trânsito na manhã do dia 4 de julho de 2025, por volta das 9h19, na marginal da BR-364, em frente à empresa Voos Transportes, em Pimenta Bueno (RO). Ele pilotava sua motocicleta quando foi atingido por um carro modelo Uno que fez uma conversão repentina na contramão da rotatória na saída para Vilhena.
Com o impacto, o professor caiu de costas, bateu a cabeça e perdeu a consciência. “A pancada na cabeça foi muito forte. Fiquei desacordado por um bom tempo, só recuperei a consciência no hospital”, contou Roberto em entrevista enviada ao Pimenta Virtual.
Segundo ele, colegas e pessoas que passavam pelo local o socorreram e o levaram ao hospital. O que mais o deixou indignado, no entanto, foi a conduta do motorista que causou o acidente. “Ele bateu, viu meu estado, ficou no local até chegar um amigo meu e depois simplesmente foi embora. Não chamou polícia, não chamou bombeiro, não ligou pro hospital, não pegou meu contato, não prestou socorro algum”, denunciou o professor.
Roberto destaca ainda a frieza de outros motoristas que passaram pelo local e nada fizeram para ajudar. “Eu já olhei esse vídeo várias vezes e me coloco no lugar de quem está caído no chão. A primeira coisa que se espera é empatia. Mas a maioria desviava e seguia como se não fosse nada”.
No hospital, ele passou por exames de imagem, incluindo tomografia do crânio e da cervical. Segundo ele, os resultados mostraram indícios de uma pancada forte na região da cabeça. “Até ontem eu sentia como se tivesse algo solto dentro da minha cabeça. Hoje estou um pouco melhor, mas sigo em acompanhamento com neurologista”.
Além do sofrimento físico, Roberto também lamenta as despesas inesperadas. “São remédios, consultas, ressonância. Tudo isso porque uma pessoa fez uma manobra perigosa e colocou minha vida em risco”.
O professor aproveitou o relato para fazer um apelo por mais empatia no trânsito. “Nem um animal a gente trata assim. Imagina um ser humano caído no chão e ninguém para? É muito triste viver isso”.
No Brasil, a omissão de socorro é tipificada no artigo 135 do Código Penal. A pena prevista para quem deixar de prestar assistência a alguém em perigo, quando poderia fazê-lo sem risco para si ou para terceiros, é de detenção de seis meses a três anos, além de multa. É importante lembrar que a aplicação da pena pode variar dependendo das circunstâncias do caso e do entendimento do juiz.
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