Estados Unidos desistem de vacinar prisoneiros de Guantánamo

Prisioneiros são observados por militares em uma área ao ar livre no presídio da Base de Guantánamo, em Cuba. No mês passado, a cadeia completou dez anos Prisioneiros são observados por militares em uma área ao ar livre no presídio da Base de Guantánamo, em Cuba.| Foto: REUTERSOuça este conteúdo

Os Estados Unidos interromperam o plano de vacinar contra o novo coronavírus os 40 prisioneiros do centro de detenção da baía de Guantánamo, em Cuba.

A informação foi dada pelo porta-voz chefe do Pentágono, John Kirby, em uma postagem na rede social Twitter. Segundo ele, o Departamento de Defesa estaria “interrompendo” o plano de vacinar os detidos em Guantánamo enquanto, e analisa medidas para proteger as tropas que trabalham lá. Kirby disse, ainda, que nenhum prisioneiro recebeu o imunizante.

O plano atraiu críticas após o jornal New York Times noticiar que a vacinação dos prisioneiros começaria nos próximos dias. “Estamos interrompendo o plano para seguir em frente, enquanto revisamos os protocolos de proteção da força”, disse Kirby. “Continuamos comprometidos com nossas obrigações de manter nossas tropas seguras”.

Os militares norte-americanos anunciaram no início deste mês que planejavam oferecer a vacina aos prisioneiros, uma vez que vacinava todo o pessoal no centro de detenção.

Na época, o Comando Sul dos Estados Unidos disse que esperava ter vacina suficiente para todos os cerca de 1.500 funcionários designados para o centro de detenção. Ele disse que a vacina seria oferecida aos prisioneiros, mas não planejava revelar quantos realmente receberam por causa dos regulamentos de privacidade médica.

Não houve casos relatados de coronavírus entre os presos do centro de detenção. No início da pandemia, os militares dos Estados Unidos pararam de relatar casos em bases individuais por razões de segurança.

Os Estados Unidos abriram o centro de detenção em janeiro de 2002 para manter detidos suspeitos de ligações com a Al Qaeda e o Talibã. Os que permaneceram incluem cinco homens que serão julgados por uma comissão militar por suas supostas funções de planejamento e auxílio aos ataques de 11 de setembro de 2001. (Com agências internacionais)

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