União Europeia fecha acordos com Moderna e Pfizer para mais 350 milhões de doses

Profissional de saúde prepara seringa com vacina da AstraZeneca contra Covid 19 em hospital universitário em Halle/Salle, Alemanha, 12 de fevereiroProfissional de saúde prepara seringa com vacina da AstraZeneca contra Covid-19 em hospital universitário em Halle/Salle, Alemanha, 12 de fevereiro| Foto: JENS SCHLUETER / AFPOuça este conteúdo

A União Europeia anunciou nesta quarta-feira (17) dois novos acordos com as farmacêuticas Moderna e Pfizer/BioNTech para a compra de um total de 350 milhões de doses adicionais de vacinas contra a Covid-19.

A Comissão Europeia anunciou nesta quarta-feira a compra de 150 milhões de novas doses da vacina da farmacêutica Moderna contra a Covid-19 este ano. O contrato também prevê a possibilidade de aquisição de 150 milhões de doses adicionais em 2022, caso necessário. “Com um portfólio de até 2,6 bilhões de doses, poderemos fornecer vacinas não apenas para nossos cidadãos, mas também para nossos vizinhos e parceiros”, afirmou a presidente da comissão, Ursula von der Leyen, de acordo com comunicado.

Também nesta quarta-feira, a Pfizer e a BioNTech anunciaram que fecharam contrato com a União Europeia para fornecer ao bloco mais 200 milhões de doses de sua vacina contra a Covid-19. Pelo acordo, as doses adicionais deverão ser entregues em 2021, sendo que 75 milhões de doses serão fornecidas no segundo trimestre, de acordo com comunicado das empresas.

A UE tem a opção de solicitar outras 100 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech, diz o comunicado. O novo contrato vem depois de um primeiro acordo para o fornecimento de 300 milhões de doses, assinado com a UE em 2020. Isso significa que a Pfizer/BioNTech deve fornecer ao menos 500 milhões de doses da vacina ao bloco até o fim deste ano, total que subirá para 600 milhões se a opção de doses adicionais for exercida.

A União Europeia tem enfrentado críticas pelo ritmo lento de imunização. Até o último dia 11, pouco mais de 18 milhões de injeções haviam sido administradas no bloco, em uma população de 448 milhões. Para efeito de comparação, naquela data, o Reino Unido tinha aplicado 14,5 milhões, segundo dados compilados pela BBC.

Pfizer e AstraZeneca chegaram a reduzir o ritmo de entrega dos imunizantes aos países da UE, por problemas na linha de produção. Ainda assim, o bloco mantém a meta de vacinar 70% da população ainda no primeiro semestre de 2021.

Vacinas contra variantes

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta quarta-feira que não há evidências de que as mutações mais contagiosas do coronavírus sejam resistentes às vacinas, mas revelou que o bloco negocia cláusulas aos contratos com farmacêuticas que garantam o desenvolvimento de imunizantes eficazes contra as variantes.

Em entrevista coletiva no período da manhã, Von der Leyen reiterou a necessidade de acelerar a produção das vacinas, em meio a críticas pelo ritmo lento de imunização. “As novas variantes surgidas no Reino Unido, África do Sul e Brasil têm potencial para mudar o paradigma da luta contra o coronavírus”, disse.

Von der Leyen também anunciou investimento de 150 milhões de euros para as pesquisas sobre o sequenciamento do vírus, com o objetivo de melhorar a resposta às novas cepas. Ela também comentou que os países do bloco não podem fechar contratos com farmacêuticas de forma unilateral.

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Fonte: GAZETADOPOVO.COM.BR