Liberação de documentos sobre morte de Kennedy frustra pesquisadores

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Estátua do ex presidente americano John Kennedy no memorial que leva seu nome, na IrlandaEstátua do ex-presidente americano John Kennedy no memorial que leva seu nome, na Irlanda| Foto: Big StockOuça este conteúdo

O governo dos Estados Unidos retirou nesta quarta-feira (15) o sigilo oficial de 1.491 documentos relacionados à morte do presidente John F. Kennedy, que foi assassinado na cidade de Dallas, no Texas, em 1963.

Os arquivos consistem em telegramas, relatórios e comunicados intergovernamentais que estão agora acessíveis através do site dos Arquivos Nacionais dos EUA, embora não incluam todos os documentos em posse do governo sobre o assunto.

Centenas de registros, presumivelmente contendo informação mais sensível, permanecem em segredo, de acordo com a imprensa americana.

Com base na legislação oficial de 1992, os relatórios do assassinato de JFK deveriam ter sido tornados públicos em 25 anos, ou seja, em 2017, mas a lei previa um possível adiamento caso se considerasse que existiam preocupações de segurança nacional.

O ex-presidente Donald Trump (2017-2021) ordenou a publicação de 2,8 mil documentos confidenciais em outubro de 2017, mas decidiu manter mais centenas de documentos em sigilo sob esta premissa, e vários deles foram revelados nesta quarta-feira.

Ao todo, os Arquivos Nacionais já divulgaram mais de 90% dos documentos governamentais sobre o assassinato de JFK. O então presidente democrata foi morto em 22 de novembro de 1963, em Dallas, por Lee Harvey Oswald, que, segundo a investigação oficial da comissão Warren, agiu sozinho, o que ainda é questionado por muitos historiadores.

Pesquisadores que investigam os registros sobre a morte de Kennedy ficaram frustrados porque o material agora revelado traz poucas novidades. Larry Sabato, da Universidade da Virgínia, disse à CNN que as novas informações são “mínimas e sem valor” e que “a falta de transparência” e a demora para divulgar os documentos colaboram para que “haja tantas teorias da conspiração”.

Antes da liberação dos documentos, o advogado e pesquisador de assassinatos Larry Schnapf havia anunciado que vai processar o governo americano por não divulgar os registros na íntegra.

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Fonte: GAZETADOPOVO.COM.BR