Protestos de transportadores aumentam na Argentina por falta de diesel

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Fila de caminhões em rodovia entre Buenos Aires e Rosário: movimento nacional cobra governo argentino pela falta de respostas à crise gerada pela escassez do combustível| Foto: Reprodução/InfobaeOuça este conteúdo

Os sindicatos dos transportadores da Argentina realizam nesta quarta-feira (22) manifestações e bloqueios de estradas em diferentes partes do país para protestar contra a falta de diesel, as sobretaxas e o aumento dos custos que estão enfrentando.

Os atos são uma reação, segundo seus organizadores, à falta de resposta dos ministérios do Trabalho, Transportes e da Secretaria de Energia. O governo de Alberto Fernández anunciou a intenção de aumentar as importações de diesel, combustível amplamente utilizado para máquinas agrícolas, caminhões e ônibus de passageiros, entre outros.

Os protestos já duram dois dias na província de Tucumán, convocados pela Associação de Transportadores de Carga de Tucumán, denunciando que naquela região do noroeste da Argentina não recebem combustível e pagam por ele um preço mais alto do que em outros distritos, o que levou à paralisação da colheita de cana de açúcar, conforme anunciado pela indústria açucareira.

A mobilização desta quarta-feira provocou caos no trânsito, pois caminhões bloquearam a rodovia que liga a cidade de Buenos Aires a La Plata, capital da província de Buenos Aires.

Segundo dados divulgados pela Federação Argentina de Entidades Empresariais de Transporte de Cargas (Fadeeac), 21 dos 24 distritos em que o país está dividido estão sofrendo com problemas de abastecimento de diesel.

A federação denunciou que o diesel disponível para os transportadores “é escasso e o preço, em muitos casos, é discricionário”, uma vez que a escassez obriga à aplicação de quotas de despacho nos postos e ao desenvolvimento de um mercado informal de preços do diesel acima da referência.

A escassez ocorreu paralelamente a um aumento acentuado do preço do diesel, em um cenário de aumento generalizado a nível internacional dos preços da energia desde a invasão russa à Ucrânia, e uma lacuna no preço permitido na bomba local.

A situação confronta os transportadores com o setor agrícola, uma vez que é difícil transportar colheitas e gado, enquanto crescem os avisos sobre a eventual falta de alimentos para os consumidores e de bens para a indústria.

O governo argentino elevou na semana passada o percentual de biocombustível que o diesel deve ter em sua produção devido à escassez de óleo diesel no país, mas a Fadeeac indicou que é “uma medida paliativa, [que] não resolve a questão principal”.

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Fonte: GAZETADOPOVO.COM.BR