Crânio ‘alienígena’ de mais de 700 anos é descoberto na Argentina

Crânio

Direção Provincial de Antropologia / Ministério da Cultura, Turismo e Esportes de CatamarcaCriança teve crânio moldado por tradição cultural, dizem arqueólogos


O esqueleto de uma criança  de 03 a 04 anos, datado entre os anos 1100 e 1300, foi encontrado em 27 de maio na Argentina. O  crânio, de formato assimétrico e achatado na parte de trás, gerou comparações com representações de extraterrestres.

As escavações ocorrerão em San Fernando del Valle de Catamarca, noroeste da Argentina, durante a instalação de uma tubulação de água.

Arqueólogos explicam que a deformação é resultado de uma antiga prática cultural de modelagem craniana. A explicação foi dada por Cristian Sebastián Melián, diretor da Direção Provincial de Antropologia de Catamarca, em comunicado ao site Live Science.

Durante a investigação do local, arqueólogos localizaram fragmentos queimados de ossos de lhama e um vaso cerâmico típico do período da ocupação inca na região, entre 1430 e 1530.

No entanto, o esqueleto da criança foi achado a alguns metros de distância desses artefatos, em posição fetal e sem objetos funerários diretos, embora estivessem presentes fragmentos de cerâmica na terra ao redor.

O exame do esqueleto não indicou sinais de trauma, mas os especialistas identificaram uma ” alteração craniana cultural pronunciada do tipo tabular oblíquo “, afirmou Melián.

Segundo ele, aproximadamente 90% dos mais de 100 crânios antigos do acervo antropológico da província apresentam esse tipo de modelagem, comum entre povos antigos da região.

Métodos tradicionais para moldar o crânio

A prática de modificar o formato do crânio remonta a milhares de anos e foi registrada em todos os continentes. Em muitos casos, o procedimento era associado à beleza, posição social ou identidade cultural.

A modelagem do tipo tabular oblíquo, como a vista na criança argentina, consiste no achatamento das partes frontal e traseira do crânio, o que provoca alargamento nas laterais.

Entre os métodos usados por culturas antigas está o enfaixamento da cabeça do bebê logo após o nascimento, quando os ossos ainda não estão completamente fundidos.

Um exemplo disso foi registrado na década de 1930, na Nova Bretanha, atual Papua-Nova Guiné, onde uma mulher chamada Alola enrolava cordas em torno de um tecido espesso preso à cabeça de seu bebê de 22 dias para moldar o crânio.

Na região andina do antigo Peru, registros arqueológicos mostram o uso tanto do formato alongado, no vale Kartar, quanto do achatado, no vale Moquegua.

Práticas semelhantes foram documentadas entre povos da Mesoamérica, da costa noroeste do Pacífico,como os Kwakiutl e Salish, do Congo, entre os Mangbetu, e das ilhas do Pacífico como Vanuatu.

Entre os povos Arawe da Nova Irlanda, por exemplo, o alongamento era feito por estética, sem relação com religião ou hierarquia. Já entre aborígenes australianos, o crânio alongado simbolizava inteligência e posição social elevada.

Na Europa, o costume era conhecido entre famílias da Grécia e Roma antigas. Durante a Idade Média, mulheres europeias também adotavam visuais que simulavam crânios longos com penteados e depilações específicas.

No século 17, chegou-se a acreditar que crânios alongados possibilitavam maior capacidade de memória.


Uso moderno de capacetes ortopédicos

Atualmente, moldar o crânio de bebês é uma prática médica usada em casos de assimetrias como a plagiocefalia, quando a cabeça se achata por dormir sempre na mesma posição.

Em casos leves, recomenda-se reposicionar o bebê ou realizar exercícios. Se o problema persistir, pode-se usar um capacete ortopédico moldado com espuma interna e revestimento rígido.

Esse tratamento, chamado terapia com capacete, é indicado geralmente para crianças com menos de um ano e pode durar cerca de três meses.

O capacete deve ser usado 23 horas por dia, retirado apenas para o banho. O acompanhamento médico é frequente e visa ajustar o capacete conforme o crescimento da criança.

Nos casos de craniossinostose, quando as placas do crânio se fundem de forma precoce ou irregular, o uso do capacete pode ser combinado com cirurgia.

Embora a ideia de ver um bebê usando capacete por meses pareça desconfortável, especialistas garantem que o acessório não costuma incomodar a criança.

Fonte: ULTIMOSEGUNDO.IG.COM.BR

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