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Depoimentos mostram como PCC forçava empresários a lavar dinheiro

Depoimentos mostram como PCC forçava empresários a lavar dinheiro

Freepik/reproduçãoPostos de combustível eram usados pela facção criminosa para movimentar dinheiro ilícito em São Paulo, segundo investigações

Empresários relataram que foram ameaçados de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para vender negócios usados no esquema de lavagem de dinheiro da facção. Motéis, postos de combustível e jogos de azar movimentaram cerca de R$ 6 bilhões em quatro anos, segundo Ministério Público e Receita Federal. As informações são do Fantástico.

Os depoimentos exibidos pelo programa mostram intimidações, fraudes e violência.

Um dos empresários contou que, após vender um posto de combustível sem saber que os compradores eram ligados ao crime, passou a ser ameaçado quando tentou desfazer o contrato.

“ Ele começou a falar: ‘É, tem pai matando o filho por causa de dinheiro. Tem filho matando o pai por causa de dinheiro. Se mata muito fácil por causa de dinheiro’ ”, relatou ao Fantástico.

A quadrilha manteve o posto no nome da vítima e passou a vender combustível adulterado. “ Elas eram vítimas até duas vezes. Primeiro, porque não recebiam e depois num segundo momento porque passavam a responder inclusive pelos crimes praticados pela organização criminosa ”, disse o promotor de Justiça Sílvio Loubeh.

Outro dono de posto relatou situação semelhante. Ele vendeu o estabelecimento em 2018 e afirmou ter ouvido de um dos criminosos: “ Você vai vender o posto por bem ou por mal .” Segundo ele, a quadrilha falsificou sua assinatura para novos contratos, e hoje ainda negocia com bancos para quitar dívidas feitas pelo grupo.

Durante o depoimento, reconheceu os envolvidos: “ Em princípio: Alexandre Leal, que foi pessoa que veio comprar o estabelecimento. E eu sei que, posteriormente, ele repassou para essa pessoa que se chamava Wilson, e chamavam ele de Wilsinho .”

Como funcionava a lavagem

A investigação conduzida pelo Ministério Público e pela Receita Federal aponta que a quadrilha controlava centenas de negócios no estado de São Paulo, entre eles 267 postos de combustível e 60 motéis. Em quatro anos, essas empresas movimentaram cerca de R$ 6 bilhões.

Segundo os investigadores, motéis facilitam a lavagem porque é difícil controlar a entrada e saída de clientes, o que mascara as receitas. As transações eram centralizadas em fintechs, instituições financeiras digitais, sendo a principal delas a BK Bank, que recebia transferências milionárias dos postos e motéis.

A defesa da BK Bank diz que a instituição é regulada e autorizada pelo Banco Central e nega envolvimento com os investigados. O dinheiro saía da fintech para compra de bens de luxo, como carros de R$ 4 milhões e helicópteros de R$ 6 milhões.

Esquema bilionário

Segundo o Ministério Público, Wilsinho é Wilson Pereira Júnior, que comprava os postos em sociedade com o empresário Flávio Silvério Siqueira, apontado como o principal beneficiário do esquema.

O advogado de Flávio Silvério Siqueira afirmou que seu cliente “ não tem contato com ninguém do PCC ” e que “ o PCC mexe com crime e não com motéis ou qualquer outra empresa ”.

O advogado de Wilson Pereira Júnior disse que o cliente “ não foi formalmente citado no processo ” e que “ qualquer esclarecimento será prestado às autoridades ”. A reportagem do Fantástico informou que não conseguiu contato com a defesa de Alexandre Leal.


Empresários tentam recomeçar

Enquanto as investigações avançam, as vítimas relatam dificuldades para reconstruir a vida. “ Perdi meu ganha-pão. E aí, a gente fica desesperado ”, disse um empresário ao Fantástico.

Outro afirmou: “ Eu sabia que ia dançar financeiramente, que não ia ter mais vida pra nada. Mas pelo menos eu toco minha vida .”

Fonte: ULTIMOSEGUNDO.IG.COM.BR

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