Divulgação/HC InvestimentosA valorização da Bolsa e a desvalorização da moeda americana foram sustentadas pela combinação de fatores externos e internos
O Ibovespa encerrou a quarta-feira (29) em alta de 0,82%, aos 148.632,94 pontos, e registrou o maior fechamento de sua história, superando o recorde anterior de 147.429 pontos alcançado no dia anterior.
Durante o pregão, o principal índice da Bolsa brasileira chegou a atingir 148.750 pontos na máxima intradiária.
O movimento foi acompanhado pela queda do dólar comercial, que recuou 0,19%, encerrando o dia cotado a R$ 5,36.
A valorização da Bolsa e a desvalorização da moeda americana foram sustentadas pela combinação de fatores externos e internos.
Isso inclui o fluxo de entrada de capital estrangeiro, a expectativa de corte de juros nos Estados Unidos e o desempenho positivo de grandes empresas listadas na B3.
Corte de juros nos Estados Unidos impulsiona ativos de risco
O principal catalisador do dia veio do cenário internacional.
O Federal Reserve sinalizou que deve reduzir em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros americana na reunião de novembro, levando-a para a faixa entre 4,50% e 4,75%.
A perspectiva de juros mais baixos diminui o custo global de capital e estimula a busca por ativos de risco, o que favorece mercados emergentes como o brasileiro.
Com isso, investidores estrangeiros ampliaram suas posições em ações locais.
Vale lidera ganhos com alta do minério de ferro
Entre os destaques corporativos, a Vale (VALE3) avançou 3,2%, após a cotação do minério de ferro subir 2,1% em Dalian, na China, alcançando US$ 108,50 por tonelada.
A empresa divulgou produção recorde no terceiro trimestre e apresentou projeções acima das expectativas para 2026.
O desempenho da mineradora teve impacto direto sobre o índice: aproximadamente 45% dos pontos ganhos pelo Ibovespa no dia foram atribuídos à valorização das ações da Vale.
Petrobras e bancos sustentam movimento positivo
A Petrobras (PETR4) também contribuiu para o avanço da Bolsa, com alta de 1,9%. O petróleo tipo Brent subiu 1,4%, cotado a US$ 76,20 por barril, em meio às tensões no Oriente Médio.
A estatal brasileira segue com forte geração de caixa, e o mercado precifica a possibilidade de dividendos extraordinários, considerando o volume líquido de cerca de US$ 12 bilhões em caixa.
Os grandes bancos acompanharam o movimento de alta. Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) registraram ganhos sustentados pela queda dos juros futuros.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2027 recuou 12 pontos-base, refletindo expectativas de crédito mais barato no país, com a taxa Selic projetada em 10,50% ao fim de 2025.
Real se fortalece com ciclo de entrada de capitais
Agência BrasilA taxa de câmbio em R$ 5,36 reduziu pressões inflacionárias
A valorização do real acompanhou o aumento do fluxo de capital estrangeiro e o chamado carry trade, em que investidores tomam empréstimos em dólar para aplicar em ativos brasileiros.
A taxa de câmbio em R$ 5,36 reduziu pressões inflacionárias e reforçou a possibilidade de continuidade no ciclo de cortes de juros pelo Banco Central.
Recordes sucessivos e tendência de alta
O Ibovespa atingiu seu 17º recorde de fechamento neste ano. O volume financeiro somou R$ 28 bilhões, e o índice rompeu a resistência técnica de 147 mil pontos, consolidando a tendência de alta.
Com o movimento, a média móvel de 50 dias manteve ritmo ascendente, sustentando o ciclo de valorização iniciado no primeiro semestre.
Fonte: ECONOMIA.IG.COM.BR

