Foto:Michelle ValenteO cientista Ismael Nobre, do Instituto Amazônia 4.0
“Precisamos agir rápido para combater a destruição da floresta”, enfatiza o cientista Ismael Nobre, do Instituto Amazônia 4.0.
A fala resume o clima dos debates realizados no pavilhão científico da COP30, em Belém, neste sábado (15), onde especialistas destacaram o papel estratégico da conectividade, da ciência e da governança para promover um modelo de desenvolvimento sustentável na região.
Ismael Nobre enfatizou a importância de apoio para que seja implantado rapidamente o projeto Amazônia 4.0 e, visando a reversão do desmatamento.
“O que nós esperamos é, com essa exposição, mostrar esse modo de olhar para a economia da floresta como uma potente solução para a questão da perda da floresta. É uma discussão de como a gente faz para reverter o que está degradado e o que a gente tem que restaurar. E a gente ainda está no risco de perda. Então, transformando o modelo de economia, a gente cria um caminho natural para a reforma”, avaliou o cientista. “Queremos criar valor rapidamente através da economia, difundindo produtos com respeito à floresta e aos povos que dela dependem”, acrescentou.
Ao longo da programação, pesquisadores, lideranças comunitárias e representantes de organizações socioambientais discutiram como a integração entre saberes tradicionais e ferramentas digitais pode fortalecer a educação, aprimorar a gestão territorial e ampliar alternativas de geração de renda para as populações amazônicas.
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A convergência entre tradição e inovação foi apontada como fundamental para construir soluções que respeitem identidades culturais, assegurem direitos territoriais e protejam a integridade das florestas.
Iniciativas científicas e tecnológicas
As apresentações no pavilhão científico da COP30 evidenciaram como o avanço tecnológico e os dados científicos podem ampliar a capacidade de resposta frente aos desafios da Amazônia.
Entre as iniciativas apresentadas, estiveram mecanismos de transparência para cadeias de suprimentos, estudos sobre os impactos do aumento de CO₂ no funcionamento das florestas, novas plataformas de monitoramento da biodiversidade e estratégias de cooperação voltadas ao combate ao desmatamento.
As propostas reforçaram a importância de soluções colaborativas que integrem conhecimento científico, inovação tecnológica e práticas comunitárias — combinação essencial para uma Amazônia mais resiliente e próspera, considerada decisiva para a estabilidade climática do planeta.
Ausência diplomática chama atenção no pavilhão científico
Apesar da relevância científica apresentada, a ausência de diplomatas no espaço dedicado à pesquisa foi percebida como um ponto sensível.
O pavilhão foi criado para aproximar ciência e tomada de decisão em um momento crítico, marcado por emissões globais que continuam em níveis recordes.
Fonte: ULTIMOSEGUNDO.IG.COM.BR

