O papel escorregadio da China nas negociações climáticas

O papel escorregadio da China nas negociações climáticas

ReproduçãoPavilhão da China na COP30

Nesta última semana de COP30, quando os ministros de Estado chegam a Belém e os acordos finalmente começarão a ser assinados, a China terá a chance de mostrar a que veio.

Apesar da ausência do presidente Xi Jinping, o país vem marcando forte presença na conferência, e pretende assumir, com isso, o protagonismo nos debates climáticos. 

A participação das autoridades chinesas tem arrancado elogios do mundo inteiro, inclusive do governo brasileiro. O discurso é imponente: “Os países desenvolvidos devem assumir a liderança no cumprimento das obrigações de redução de emissões, honrar seus compromissos financeiros e fornecer mais apoio tecnológico e de capacitação aos países em desenvolvimento”, declarou o primeiro-ministro, Ding Xuexiang, no lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), mecanismo de financiamento proposto pelo Brasil para a preservação ambiental.

Saiba mais:  Quem vai apostar nos fundos brasileiros de proteção às florestas

Porém, apesar de incentivar os países a investirem, a própria China não fez nenhum aporte ao fundo até agora. Pelo contrário: esquiva-se do assunto toda vez que é perguntada sobre valores.

De onde vem o dinheiro

O financiamento climático – e o TFFF é um dos mecanismos mais importantes para este fim – é decisivo para ajudar os países em desenvolvimento a viabilizarem a descarbonização de suas economias. Este dinheiro deve vir dos países ricos que, além de terem mais recursos, são os que mais poluem o planeta. Ou seja: estão em dívida.

A própria China detém a amarga liderança do ranking do país que mais emite gases de efeito estufa no mundo, seguida dos Estados Unidos, cujo governo atual é conhecido pelo negacionismo climático, sequer apareceu na COP30, e faz questão de alardear que segue investindo em combustíveis fósseis, os principais vilões do aquecimento global.

Já a China, de fato, vem se mobilizando para a descarbonização nos últimos anos, com investimentos pesados na eletrificação de sua frota, por exemplo, e no incentivo de energias renováveis.

Entretanto, espera-se nesta COP que o país também abra seus cofres a quem mais precisa. Pequim defende que os países ricos sejam os principais responsáveis pelo financiamento das políticas globais de combate às mudanças climáticas, porém não colocou seu dinheiro no TFFF e nem em outros fundos, como o Fundo Verde para o Clima (GCF), criado pela ONU para apoiar nações em desenvolvimento na implementação de metas ambientais.

Mais do que discurso e planejamento, esta COP, como o próprio governo brasileiro diz, deve ser a COP da ação. E qual será a ação da China? É o que vamos ver.

Fonte: ECONOMIA.IG.COM.BR

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