Gustavo Moreno / STFO STF teve apenas três mulheres ministras nos seus 134 anos de existência; nenhuma delas negra
O presidente Lula ao indiciar o nome de Jorge Messias para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta- feira (20), quando se celebra o Dia da Consciência Negra, perdeu uma excelente oportunidade de reparar, ao mesmo tempo, duas injustiças.
Para isso, bastaria ter escolhido uma jurista negra para a vaga que pertenceu ao ministro Luís Roberto Barroso.
Ele estaria homenageando as mulheres, especialmente, as negras, contribuindo para deixar a Corte menos desigual, mais arejada pelo olhar feminino e um pouco mais representativa da sociedade brasileira.
A instituição, nos seus 134 anos de existência, teve apenas três mulheres ministras, nenhuma delas negra.
Prova de desigualdade e de injustiça, num país onde onde a população é majoritariamente feminina (51,5% contra 48,5%), segundo o IBGE.
Ellen Gracie foi a primeira a ser nomeada em 2000, no governo Fernando Henrique Cardoso. Depois foi a vez de Rosa Weber, em 2006. Ambas já estão aposentadas.
Cármen Lúcia, também nomeada em 2006, é a decana da Primeira Turma e segue como a única representante feminina entre os 11 ministros que compõe a Corte.
Nomes não faltam
Listas com nomes de juristas, juízas e advogadas capazes e competentes não faltam.
Desde que foi anunciada a aposentadoria precoce de Barroso, listas foram apresentadas com o intuito de sensibilizar o presidente.
Diversos coletivos sociais foram a público defender que a vaga deveria ser assegurada para uma mulher negra. Mas, mais uma vez, prevaleceu o machismo.
Até quando?
Fonte: ULTIMOSEGUNDO.IG.COM.BR

