ReproduçãoJair, Flávio, Carlos, Eduardo, Renan e Michelle Bolsonaro
O clã Bolsonaro vem se movimentando nas últimas semanas, de olho no grande capital político que o ex-presidente Jair Bolsonaro ainda detém.
Embora inelegível e condenado – cumprindo pena de 27 anos e 3 meses de prisão por golpe de Estado – Bolsonaro carrega o trunfo de liderar a direita no Brasil.
Cientes disso, seus quatro filhos e a esposa Michelle Bolsonaro entram de vez na disputa pelo espólio político da família.
A inelegibilidade até 2030 determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) tirou o líder do clã do jogo eleitoral, mas ele segue ativo politicamente, apoiando candidaturas do grupo e influenciando decisões estratégicas.
Uma delas se deu no último dia 5 de dezembro, quando Flávio Bolsonaro, o filho mais velho, que exerce o cargo de senador pelo Rio de Janeiro, veio a público para anunciar sua pré-candidatura a Presidência da República em 2026.
O primogênito disse que foi o escolhido por seu pai para pleitear a vaga no Planalto nas próximas eleições.
Por enquanto, esse é o futuro do filho 01 nas eleições de 2026, apesar das opiniões contrárias e de rachas na direita que vêm se desenhando desde o anúncio da pré-candidatura.
Um exemplo disso foi a declaração do pastor Silas Malafaia, considerado um dos principais aliados de Jair Bolsonaro.
Ele afirmou que a esquerda gostou da indicação de Flávio e defendeu uma chapa composta por T arcísio de Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como vice.
Já o filho 02, Carlos Bolsonaro, eleito vereador no Rio de Janeiro nas últimas eleições, anunciou há uma semana a renúncia do cargo.
Carlos pretende se mudar para Santa Catarina para disputar uma vaga no Senado daquele estado. Tudo indica que esse será seu desafio em 2026.
Situação indefinida
A situação de Eduardo Bolsonaro, o filho 03 do ex-presidente, é diferente dos demais, já que ele acabou de ter ser mandato de deputado federal cassado por excesso de faltas.
A Mesa Diretora da Câmara decidiu cassar seu mandato, porque Eduardo está desde fevereiro nos Estados Unidos, se ausentando das sessões, e ultrapassou o limite permitido pela lei.
Em novembro, virou réu no STF por tentar intervir, naquele país, no julgamento do seu pai, cujo desfecho foi sua condenação.
Ele também é acusado por coação devido à sua atuação em defesa de sanções ao Brasil, como tarifas de exportação, suspensão de vistos de entrada de autoridades brasileiras e aplicação da Lei Magnitsky.
A recente suspensão do tarifaço para diversos produtos brasileiros anunciada por Donald Trump e também a retirada do ministro do STF, Alexandre de Moraes de sua esposa Viviani da lista de sancionados da Lei Magnitsky relevou a ineficiência da atuação do filho de Bolsonaro nos Estados Unidos.
Eduardo Bolsonaro chegou a se colocar como possível pré-candidato a presidente pelo PL no início desde ano. Depois que o irmão mais velho foi indicado pelo pai, apoiou a decisão.
Ele ainda não se manifestou sobre seu destino político após a cassação, mas analistas acreditam que ele poderá tentar novamente uma cadeira na Câmara dos Deputados ou disputar o Senado por São Paulo.
No entanto, tudo dependerá dos rumos da ação penal contra ele no STF.
E o filho 04, Jair Renan Bolsonaro, que é vereador em Balneário Camboriú (SC), deve disputar uma vaga de deputado estadual ou federal, liderando uma estratégia de ampliar a presença bolsonarista na base eleitoral.
E, por fim, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que é figura central do PL Mulher, chegou a ser cotada à presidência ou até vice-presidência.
No entanto, Michelle declarou apoio à indicação de Flávio Bolsonaro ao cargo majoritário.
Leia: Michelle x Flávio: planos para 2026 azedam a maionese da família
Nesta atual conjuntura, os bolsonaristas cogitam Michelle na disputa por uma vaga ao Senado do Distrito Federal, embora nada tenha sido anunciado oficialmente.
O que se sabe é que muita coisa pode mudar até o pleito do próximo ano.
Fonte: ULTIMOSEGUNDO.IG.COM.BR

