Reprodução/Nasuna Stuart-Ulin/FTI Consulting/dpa/picture allianceJoias perdidas dos Habsburgos são encontradas após 100 anos.
Uma mala esquecida no cofre de um banco canadense, aberta após mais de 100 anos, revelou o paradeiro de um dos tesouros reais mais emblemáticos do mundo: a coleção particular de joias da família Habsburgo, um tesouro considerado perdido para sempre. As informações são do Earth.com.
A coleção pertenceu à Imperatriz Zita, a última a deter este título na Áustria-Hungria. Ela nasceu em uma família ducal – formada por nobres que herdam o título principal de duque ou duquesa – italiana e casou-se com o arquiduque Carlos da Áustria em 1911. Ela se tornou imperatriz durante os últimos anos da monarquia dos Habsburgos.
Em 1919, os Habsburgo foram exilados da Áustria, após a Primeira Guerra Mundial e tiveram a maior parte de seus bens expropriados. Já em 1940, quando as tropas nazistas invadiram a Bélgica, a imperatriz e seus filhos – que eram contra Hitler – fugiram e evitaram a prisão. De lá, viajaram por Portugal e depois navegaram até o Canadá, onde a família se estabeleceu. A mala com a coleção de joias foi levada com ela.
Zita contou aos parentes sobre a existência das joiais, mas pediu que mantivessem segredo sobre seu paradeiro até 100 anos após a morte do imperador Carlos, que ocorreu em 1922. Eles passaram o segredo para a geração seguinte, que abriu o cofre e pediu a um especialista que examinasse o conteúdo da mala.
A iniciativa de tornar público o paradeiro das joias foi de Karl von Habsburg-Lothringen, neto da Imperatriz. Ele argumentou que as joias agora pertencem a um fundo fiduciário, um acordo legal para que um terceiro gerencie o patrimônio de uma empresa, grupo ou pessoa em favorecimento de um ou mais beneficiários.
Joias valiosas incluem o Diamante Florentino
O Diamante Florentino entrou para a história das cortes italianas, onde a família Medici o exibiu antes de passar para a coleção de joias dos Habsburgos por meio de um casamento.
Reprodução/Nasuna Stuart-Ulin/FTI Consulting/dpa/picture allianceDiamante Florentino.
No século XVIII, passou a fazer parte das joias da coroa austríaca. Ele era usado por governantes em eventos especiais, incluindo a imperatriz Maria Teresa.
Medições modernas descrevem o diamante como tendo 137 quilates e uma cor amarelo-pálido. Gemólogos afirmaram que a pedra possuía lapidação dupla em rosa, um estilo formado por pequenas faces triangulares em ambos os lados.
Após a Primeira Guerra Mundial, aconteceu o colapso do Império Austro-Húngaro. Por esta razão, o Imperador Carlos enviou parte das joias da família para a Suíça. Pouco tempo depois, o diamante Florentino desapareceu dos registros públicos e espalharam-se boatos de que ele teria sido roubado, lapidado novamente ou vendido.
Junto com o diamante, foram encontrados na mala da Imperatriz Zita: broches cravejados de diamantes, alfinetes de chapéus nas cores nacionais húngaras e laços adornados com diamantes de lapidação antiga e safiras amarelas.
As joias serão expostos ao público
Após revelar o paradeiro das joias, os descendentes da Imperatriz revelaram o desejo de expor a coleção de joias ao público como uma forma de agradecer ao Canadá por tê-los acolhido.
A família emprestará as joias para uma exposição em um museu canadense, e depois as peças retornarão ao depósito.
Autoridades austríacas estão avaliando a quem deve pertencer o Diamante Florentino, uma questão que pode gerar disputas sobre as relíquias da família Habsburg com o governo do país.
Fonte: ULTIMOSEGUNDO.IG.COM.BR

