A gravidez não é a única causadora do atraso menstrual! Conheça outros motivos para ciclos que não chegam

A gravidez não é a única causadora do atraso menstrual! Conheça outros motivos para ciclos que não chegam

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A gravidez não é a única causadora do atraso menstrual! Conheça outros motivos para ciclos que não chegam Reprodução: Alto Astral A gravidez não é a única causadora do atraso menstrual! Conheça outros motivos para ciclos que não chegam

Quando a menstruação atrasa, o primeiro pensamento que vem a cabeça de uma mulher é, muitas vezes, gravidez. Mas, antes de acionar o modo desespero, é preciso considerar outras possibilidades, porque, ao contrário do que muitos pensam, diversos fatores podem atrasar o fluxo menstrual.

Segundo Eloisa Pinho, ginecologista e obstetra da Clínica GRU, vale lembrar que “ao longo da vida, o organismo da mulher passa por uma série de alterações hormonais, como durante a adolescência e a menopausa”. E isso, de acordo com a médica, pode levar a variações no ciclo menstrual, incluindo o tão temido atraso.

Porém, é preciso estar atenta: a menstruação atrasada também pode ser sinal de condições mais sérias. Abaixo, confira alguns dos fatores que podem causar esse problema durante o período menstrual.

Prática intensa de exercícios físicos

Diversas atletas profissionais tendem a sofrer com atraso da menstruação. “Isso porque a atividade física, quando realizada em excesso e intensivamente, pode levar a alterações hormonais, atrapalhando, assim, o ciclo menstrual normal”, afirma Pinho.

Estresse e ansiedade

Ainda de acordo com Eloisa Pinho, a irregularidade da menstruação também pode ocorrer em períodos de estresse . “Durante momentos estressantes, liberamos uma série de hormônios, como o cortisol, que podem causar alterações no ciclo hormonal regular da mulher, desorientando o organismo”, explica a médica.

Tatiana Megale, doutora pela Escola Paulista de Medicina, relata que algumas mulheres ficam tão estressadas e ansiosas, por medo de uma possível gravidez, que a menstruação acaba sendo atrasada justamente pela reação. “É normal esse atraso acontecer nesses casos, sim”, pondera Megale.

Como resultado, o ciclo menstrual pode ser interrompido e a menstruação ocorrer mais tarde ou até mesmo não acontecer.

Síndrome do Ovário Policístico

Atingindo cerca de 15% das mulheres em idade reprodutiva, a Síndrome do Ovário Policístico (SOP) tem como um de seus principais sintomas o atraso da menstruação. “A SOP é uma desordem endócrina caracterizada pelo surgimento de cistos que interferem no processo de ovulação, impedindo que os óvulos sejam liberados e a menstruação ocorra”, explica Pinho.

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Além disso, a obstetra afirma que outras doenças do aparelho reprodutor, como endometriose e tumores, também podem afetar a regularidade da menstruação.

Uso de métodos contraceptivos

Segundo Pinho, alguns métodos contraceptivos, como a pílula anticoncepcional e o DIU hormonal, podem fazer com que as menstruações cessem por completo; até porque interferem diretamente nos níveis hormonais, provocando enormes alterações no organismo.

Má alimentação

Uma alimentação inadequada e distúrbios alimentares também podem fazer com que a menstruação atrase. “Isso acontece porque o organismo precisa de nutrientes específicos e uma grande quantidade de energia para produzir corretamente os hormônios necessários para ovulação”, esclarece Pinho.

Caso isso não ocorra, devido a uma alimentação precária, o organismo não terá forças suficientes para realizar seu trabalho, causando, assim, o atraso.

Alterações na tireoide

Os distúrbios da tireoide, como o hipotireoidismo e o hipertireoidismo, também figuram entre as causas desse atraso, visto que os hormônios da tireoide influenciam diretamente o funcionamento adequado dos ovários. Quando em desequilíbrio, podem favorecer a irregularidade do ciclo menstrual.

Por fim, Pinho lembra que uma pequena variação na regularidade do ciclo menstrual é perfeitamente normal. Logo, um atraso de alguns dias não deve ser motivo de preocupação. Contudo, se a menstruação não desce há mais de três meses, é fundamental consultar seu médico ou médica. “Apenas um profissional será capaz de realizar uma avaliação e diagnosticar a causa exata do problema, indicando assim o melhor tratamento para cada caso”, finaliza.

Consultoria: Eloisa Pinho, ginecologista e obstetra pós-graduada em ultrassonografia ginecológica e obstétrica pela CETRUS; Tatiana Megale, ginecologista e obstetra com doutorado pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp).

Fonte: DELAS.IG.COM.BR