Reprodução/Centro Médico da Universidade Loyola Caixa de lanchonete salva médica que engasgou em hospital
O que era para ser apenas um almoço rotineiro quase terminou em tragédia no Centro Médico da Universidade Loyola, em Illinois (EUA). A médica emergencista Joan Dimopoulos engasgou com um pedaço de sanduíche no refeitório do hospital, mas foi salva pela ação rápida de uma funcionária da lanchonete. As informações são da CBS.
A responsável pelo socorro foi Keztly Angel, que trabalha como caixa no local. Ao perceber que a médica estava sufocando e ninguém conseguia reagir, ela saiu do balcão e aplicou a manobra de Heimlich — técnica de primeiros socorros que aprendeu ainda na época do ensino médio. Foi a primeira vez que Keztly utilizou o procedimento na prática.
“Vi que todos olhavam para ela, mas ninguém se movia. Eu sabia que tinha que fazer alguma coisa”, contou a funcionária.
O pedaço de frango foi expelido e, em segundos, a médica voltou a respirar, aliviando colegas e pacientes que estavam no refeitório.
A manobra de Heimlich é um procedimento de primeiros socorros usado quando alguém está completamente engasgado e não consegue respirar, tossir ou falar. Para aplicá-la, posicione-se atrás da pessoa com os pés afastados na largura dos ombros e envolva a cintura dela com os braços. Feche uma das mãos em punho e coloque o polegar contra o abdômen, logo acima do umbigo e abaixo do esterno, segurando o punho com a outra mão.
Em seguida, faça compressões rápidas e firmes para dentro e para cima, como se estivesse tentando levantar a pessoa, de modo a empurrar o ar dos pulmões e expulsar o objeto que está obstruindo a garganta . Repita o procedimento até que o alimento ou objeto seja expelido ou até que a pessoa consiga respirar normalmente.
Caso a pessoa perca a consciência, deve-se iniciar a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) imediatamente e chamar o serviço de emergência. É importante aplicar a manobra com cuidado, principalmente em crianças, gestantes e idosos, para evitar lesões .
Reconhecimento e emoção
Dias depois, o hospital organizou uma pequena cerimônia para agradecer à funcionária. Emocionada, Dimopoulos destacou a importância da coragem de Keztly: “Eu não conseguia respirar e fiquei apavorada. Ela percebeu imediatamente e teve a iniciativa de agir. Não sei o que teria acontecido sem a atitude dela.”
Durante o encontro, a médica fez questão de abraçar a jovem, em um momento de comoção entre funcionários e pacientes presentes.
Um ano de trabalho e um gesto inesquecível
Keztly completava um ano de trabalho no hospital justamente no mês do incidente. Para ela, o episódio reforçou o sentimento de pertencimento à instituição.
“Eu adoro trabalhar aqui. É um ambiente muito solidário e todos se ajudam”afirmou.
Fonte: DELAS.IG.COM.BR