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Mariana Xavier fala sobre desafios, moda inclusiva e gordofobia

Mariana Xavier fala sobre desafios, moda inclusiva e gordofobia

Carlos Macedo/Divulgação Mariana Xavier é o rosto da campanha da Ashua

Atriz de destaque no cinema e na televisão, Mariana Xavier também se tornou referência na luta pela diversidade de corpos e pela valorização da autoestima.

A atriz foi a eleita para estar à frente de uma ação durante o mês de Combate à Gordofobia, na Ashua. Na ocasião, a artista refletiu sobre carreira, moda, desafios e o impacto da representatividade. Ao iG Delas, Mariana explicou que não se vê como um “modelo”, mas reconhece o papel de inspiração para outras mulheres.

“Eu acho que ‘modelo’ é um pouco forte, porque remete à perfeição — e é justamente isso que eu procuro combater. (…) Mas ‘referência’, sim, eu acredito que sou. É o que eu procuro ser”, afirmou.

Segundo a atriz, ocupar espaços de visibilidade é uma forma de mostrar que mulheres gordas podem viver histórias de sucesso, autoestima e realização pessoal.

“Eu costumo dizer que hoje tento ser a referência que eu não tive na minha adolescência e na minha juventude”, acrescentou.

Moda e diversidade

Ao falar sobre moda, Mariana reconheceu avanços importantes, mas apontou retrocessos recentes.

“Nos últimos anos, percebo que houve uma evolução — nas modelagens, nas cores, nas opções em geral, mas ainda é pouco. Acho que ainda temos muito, muito mais para avançar”, avaliou.

Ela destacou o papel de marcas que apostam na diversidade, mas demonstrou preocupação com o retorno da valorização de corpos extremamente magros.

“Nos últimos tempos, temos visto um retrocesso na positividade corporal, com o retorno da valorização de uma magreza extrema e a busca por soluções milagrosas para emagrecer”, observou.

Pressões profissionais

A carreira artística também foi marcada por cobranças estéticas. Mariana revelou que, mesmo quando pesava bem menos do que hoje, ouviu que não tinha o corpo adequado para a televisão.

“Mesmo com 35 ou 40 quilos a menos do que eu tenho hoje, ainda diziam que eu estava gorda para fazer televisão. Isso foi muito difícil, porque me fez buscar uma magreza inalcançável, que acabou adoecendo meu corpo e minha mente”, contou.

A atriz afirma que o momento de virada aconteceu quando decidiu aceitar suas características físicas e apostar em sua autenticidade.

“Quando eu finalmente decidi bancar quem eu sou, a minha autenticidade, e focar em mostrar meu talento, tudo fluiu melhor”, disse.

Importância da representatividade

Mariana reforçou que se ver representada na mídia teria mudado sua forma de sonhar com a carreira.

“Eu sempre digo que a representatividade não serve apenas para nos dar a sensação de pertencimento, mas também para ampliar nossa visão de mundo. Quando vemos corpos que fogem do padrão idealizado ocupando espaços de destaque, entendemos que está tudo certo, que todos têm o direito de estar ali”, afirmou.

Inclusão 

Para o futuro, a atriz defende que corpos diversos sejam vistos de forma natural em todas as produções culturais e midiáticas.

“Não precisa escalar uma pessoa gorda para um personagem só quando a trama envolve questões com o corpo, preconceito ou autoestima. (…) Existem pessoas gordas vivendo suas vidas normalmente, casadas, felizes, trabalhando, criando filhos e lidando com problemas cotidianos que não têm nada a ver com o peso”, argumentou.

Ela destaca que ainda há um longo caminho até que a proporcionalidade seja alcançada.

“Mais da metade da população brasileira está acima do peso. Isso mostra que ainda estamos longe de refletir a diversidade real da sociedade”, acrescentou.

O combate à gordofobia

Mariana também reforçou a necessidade de discutir a gordofobia, que, segundo ela, vai muito além de ofensas diretas.

“A grande questão da gordofobia é que ela ainda é um preconceito meio nebuloso na cabeça das pessoas. (…) Ela também está nas sutilezas do nosso cotidiano, na forma como demonizamos alguns alimentos, nas palavras que usamos, na maneira como falamos sobre o corpo”disse.

Para a atriz, esse enfrentamento é fundamental para melhorar a saúde mental e a autoestima de todos.

“Combater a gordofobia passa por entender que todos os corpos são dignos e merecem respeito. (…) Esse combate ajudaria as pessoas a fazerem as pazes com seus corpos, a serem mais gentis consigo mesmas, a terem uma relação mais equilibrada com a comida e com os outros”, concluiu.

Fonte: DELAS.IG.COM.BR

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