Reprodução/GloboNovela destaca abuso e reforça importância do acolhimento
A recente trama da novela “Dona de Mim” trouxe à tona uma realidade que afeta milhares de mulheres no Brasil: os impactos profundos da violência sexual, psicológica e física. Na ficção, a atriz Giovanna Lancellotti interpreta Kami, jovem vítima de um stalker, cuja experiência traumática ocorre em plena luz do dia. Fora das telas, situações semelhantes se repetem diariamente, reforçando a necessidade de espaços seguros e acolhedores para apoiar a recuperação das vítimas.
Em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, a Casa da Mulher Paulista, administrada pela ONG Ficar de Bem, atua exatamente nesse sentido. Aberta a todas as mulheres, sem exigência de encaminhamentos, a unidade oferece atendimento imediato e serviços especializados, incluindo suporte psicológico, social e jurídico, em um ambiente que prioriza o acolhimento humanizado.
Segundo Sara Gonçalves, gerente de projetos da Ficar de Bem, “o recomeço não é fácil, mas é possível. Cada mulher encontra aqui um espaço seguro para ser ouvida e compreendida em todas as etapas da sua recuperação. Muitas chegam fragilizadas, mas, ao longo do acompanhamento, redescobrem sua força e voltam a vislumbrar novas perspectivas para o futuro”.
Assim como a personagem Kami, mulheres atendidas na Casa da Mulher Paulista têm a oportunidade de transformar a experiência de violência em um ponto de partida para reconstruir suas vidas com dignidade e esperança. A ONG reforça que a violência nem sempre se manifesta de forma explícita: stalking, controle psicológico e medo constante são sinais silenciosos que demandam atenção e intervenção especializada.
A Casa da Mulher Paulista funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, oferecendo atendimento jurídico, psicológico e de assistência social. Em situações de violência, as mulheres podem acionar os serviços 153 (Guardiã Maria da Penha) ou 190 (Polícia Militar). Além disso, a Central de Atendimento à Mulher (ligue 180) funciona 24 horas, garantindo orientação e suporte imediato.
“A primeira atitude é não se calar. Buscar ajuda em um serviço especializado é essencial, pois nenhuma mulher precisa enfrentar sozinha o trauma da violência. Denunciar e encontrar acolhimento é o primeiro passo para retomar o controle da própria vida”, acrescenta Sara.
Sobre a Ficar de Bem
Fundada em 1988 como CRAMI – Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na Infância do ABCD – pelo pediatra Emílio Jaldin Calderon, a Ficar de Bem atua há 36 anos oferecendo apoio integral a crianças, adolescentes, mulheres, idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade. Presidida pelo empresário Evenson Robles Dotto, a organização mantém núcleos em Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema, com 18 serviços voltados à prevenção, acolhimento e suporte social.
A ONG coordena ainda o programa Bom Prato na região do ABC e possui parcerias com prefeituras locais, ampliando o alcance de suas ações. Reconhecida por sua eficiência e transparência, a instituição é declarada de utilidade pública em níveis municipal, estadual e federal e figura há três anos consecutivos entre as 100 melhores ONGs do Brasil.
Fonte: DELAS.IG.COM.BR