Reprodução/THE JAPAN NEWS/ASIA NEWS NETWORKAos 100 anos, médica continua ativa e trabalhando em hospital
Aos 100 anos, a médica Teru Kasamatsu continua atuando no Hospital Kasamatsu, em Kainan, Japão, atendendo pacientes três vezes por semana. Conhecida por sua energia contagiante e sorriso constante, ela afirma não ter planos de se aposentar. As informações são do The Japan News, Asia News Netowrk e Straits Times.
Com uma trajetória marcada por desafios pessoais e profissionais, Kasamatsu superou um câncer, perdeu o marido e, mesmo assim, mantém a mente e o corpo ativos. Sem precisar de bengala, a centenária revela que mantém a saúde mental resolvendo quebra-cabeças numéricos diariamente, prática que acredita ajudar a prevenir a demência.
Uma decisão tomada em tempos de guerra
Nascida em 1925 em Kinokawa, na região de Wakayama, Kasamatsu é a caçula de cinco irmãos. Durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto estudava em uma escola secundária feminina, decidiu seguir a carreira médica. Segundo ela, observar tantas mulheres perderem os maridos inspirou seu pai a aconselhá-la a se tornar independente profissionalmente.
Formada em medicina em 1948, aos 24 anos ela se casou com Shigeru Kasamatsu, cirurgião ortopédico e então responsável pelo Hospital Kasamatsu, fundado pelo pai dela em 1909. Juntos, trabalharam lado a lado durante décadas, atendendo uma média de 120 pacientes por dia em um hospital que frequentemente lidava com emergências e cirurgias noturnas.
Mantendo a rotina e a saúde
Hoje, Kasamatsu continua a atender pacientes diariamente com o mesmo cuidado e atenção de sempre. Além da prática clínica, ela mantém hábitos saudáveis, como uma dieta moderada e atividades que estimulam a mente. Para ela, a combinação de corpo ativo, alimentação equilibrada e exercícios mentais é fundamental para a longevidade.
Família e legado
O Hospital Kasamatsu segue sob o cuidado da família: o segundo filho da médica, Satoshi, de 68 anos, é o diretor, enquanto sua esposa, Hitomi, de 61, comanda o departamento de enfermagem. Ambos reconhecem a importância e a influência de Kasamatsu na rotina da instituição.
Viúva desde 2012, Kasamatsu mora sozinha em uma casa ao lado do hospital. Mesmo após décadas de trabalho, continua estudando e acompanhando novidades médicas por meio de publicações e associações profissionais.
Segundo o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão, o país contava, no final de 2022, com 86 médicos com 98 anos ou mais, reforçando a longevidade profissional como um traço admirável entre os japoneses.
Fonte: DELAS.IG.COM.BR