Governo do Estado do Espírito Santo/ReproduçãoEspírito Santo adota tecnologia para reforçar proteção a mulheres
O Espírito Santo passou a contar com um novo recurso para reforçar a segurança de mulheres ameaçadas por violência doméstica.
O governo estadual apresentou, nesta sexta-feira (14), um sistema que monitora, em tempo real, homens que descumprem medidas protetivas. A iniciativa integra diferentes áreas da administração pública e faz parte do programa Mulher Segura.
A proposta une prevenção, resposta rápida e acolhimento, articulando as secretarias da Justiça, Segurança Pública e Mulheres. Ao todo, 200 tornozeleiras eletrônicas e 200 dispositivos portáteis de rastreamento foram contratados para colocar o sistema em funcionamento.
“A tecnologia está sendo colocada a favor das mulheres ameaçadas para enfrentarmos um dos maiores desafios da política pública: romper o ciclo de violência doméstica”, afirmou o governador Renato Casagrande.
Para ele, a integração entre monitoramento eletrônico, atendimento imediato e suporte psicossocial permite que cada mulher tenha o amparo necessário para seguir em segurança.
Como o monitoramento funciona
O agressor passa a usar uma tornozeleira após determinação da Justiça. Já a mulher com medida protetiva recebe um smartphone configurado exclusivamente para o programa.
O equipamento cria uma área de exclusão: se o autor da agressão se aproximar, alertas sonoros e vibratórios são disparados e uma notificação é enviada automaticamente à Central de Monitoramento da Sejus, que conta com 17 policiais penais dedicados ao acompanhamento contínuo.
A vítima também é avisada e pode acionar o botão “Preciso de Ajuda”, que grava áudio e vídeo e mobiliza as equipes da Polícia Militar. Importante destacar que a localização do agressor só é exibida quando ele invade a área proibida.
Atendimentos paralelos
A nova estrutura vai operar de forma conjunta. A Central de Monitoramento da Sejus trabalha em articulação com o Ciodes, a Gerência de Proteção à Mulher e as corporações de segurança.
A Patrulha Maria da Penha fará o acompanhamento presencial das mulheres incluídas no sistema, enquanto a Polícia Civil será responsável pelos procedimentos legais e comunicação entre órgãos.
O atendimento psicossocial e jurídico segue garantido pelo Centro Margaridas e pela Casa Abrigo Estadual. A combinação entre o suporte humano e o uso de tecnologia, segundo o secretário de Justiça, Rafael Pacheco, aumenta significativamente a eficiência das medidas.
“A central atua 24 horas no acompanhamento das tornozeleiras e na garantia da proteção às vítimas. Quando há indício de descumprimento, somos capazes de acionar rapidamente as forças de segurança e oferecer todo o amparo necessário”, explicou.
Implementação
O programa será implantado em duas etapas. A primeira abrange os municípios da Grande Vitória, com expansão progressiva. Na fase seguinte, o interior será incluído, levando em conta questões de conectividade e logística.
A ampliação do programa Mulher Segura representa um novo passo do Estado no enfrentamento da violência doméstica, somando recursos tecnológicos, articulação entre instituições e cuidado especializado para garantir mais proteção e autonomia às mulheres capixabas.
Fonte: DELAS.IG.COM.BR

