7 mitos e verdades sobre a alimentação dos pets

Cão comendo em pote de ração

É muito comum que os tutores de animais de estimação fiquem com dúvidas em relação à alimentação dos bichinhos. Saber qual o melhor tipo de alimento e  o que é proibido dar aos pets  ainda gera muitas dúvidas e alguns “achismos” podem ser propagados sem ser verdadeiros.

Cães podem tomar leite? Cadelas e gatas grávidas precisam de uma alimentação especial? Estas são algumas das dúvidas recorrentes. Pensando nisso conversamos com o médico veterinário Flavio Silva, supervisor de capacitação técnico-científica da PremieRpet.  Ele esclarece 7 afirmações de tutores de pets e diz se elas são mito, verdade ou se funcionam dependendo da situação. Confira.

reprodução shutterstock Confira dicas de especialista para melhorar a alimentação do cão


1 – Posso deixar o alimento à vontade para o meu pet?

Depende . No caso dos cães filhotes e adultos, a orientação é oferecer no mínimo 3 e 2 refeições diárias, respectivamente. Não é indicado deixar o alimento à disposição, pois eles poderão ingerir uma quantidade muito superior à recomendada, o que pode acarretar em  problemas articulares e obesidade. É importante estar atento à orientação da embalagem do produto e do médico veterinário.

Para os gatos, é saudável deixar que eles determinem a quantidade de refeições, desde que haja acompanhamento do tutor. A orientação geral para filhotes e adultos é disponibilizar a quantidade de alimento diária para que o próprio felino estabeleça o número de refeições adequado às suas necessidades. Dessa forma, as refeições serão determinadas pelo gato, mas a quantidade oferecida deve controlada pelo tutor com base na orientação do veterinário ou da embalagem.

2 – A alimentação de gatas e cadelas prenhas deve ser diferente?

Verdade. Os tutores precisam ter mais cuidado com a alimentação de fêmeas que estão gerando filhotes. No caso das gatas, os filhotes se desenvolvem linearmente desde o primeiro dia de gestação. Com isso, a necessidade de nutrientes para essa gata é maior desde o início da gestação. Para que a futura mamãe tenha todas as suas necessidades nutricionais atendidas, o fornecimento de proteína e de gordura, por exemplo, deve ser maior. É de extrema importância que esses nutrientes sejam provenientes de fontes de boa qualidade.

Em cadelas é diferente, pois o crescimento do filhote ocorre de forma exponencial a partir do último terço da gestação. Isso significa que a necessidade da fêmea prenha só aumenta nesse período. Portanto, o tutor deve se preocupar em trocar o alimento somente nessa fase.

De acordo com o veterinário, em ambas as espécies, normalmente um alimento “Super Premium” com indicação para filhotes supre perfeitamente todos os nutrientes necessários para a gestação.

3 – Animais idosos precisam de rações especiais?

Verdade. Quando idosos, os animais costumam apresentar alterações no organismo. No caso dos gatos elas podem resultar em perda de peso; no caso dos cães, a tendência maior é de ganho de peso. Uma alimentação específica, voltada a esta fase da vida e que leve em conta as necessidades especiais de cada espécie é um cuidado preventivo de saúde, que colabora para a promoção do bem-estar, longevidade e qualidade de vida dos pets.

4 – Dar frutas e legumes para o animal é saudável?

Depende. Uma dieta caseira, para ser adequada e atender às necessidades dos pets, precisaria ser formulada, balanceada e periodicamente reavaliada por um médico veterinário nutrólogo ou zootecnista. Além disso deve ser seguida com total precisão pelo tutor no longo prazo, o que é muito difícil de ser feito. Caso contrário, não será uma opção saudável.

Uma dieta desbalanceada, com consumo de alimentos caseiros sem indicação de um profissional especializado na área pode prejudicar seriamente a saúde do animal, provocando diversos problemas que incluem comprometimento nas articulações, retardo no crescimento ósseo, desnutrição, obesidade, entre vários outros.

5 – A ração dada deve ser sempre a mesma?

Mito . Os alimentos comerciais, são formulados com diferentes combinações de ingredientes de alta qualidade, com o objetivo de atender às necessidades específicas de cada fase da vida do animal, sendo ele filhote, adulto ou idoso. O recomendado é que o tutor ofereça um alimento específico para cada fase da vida. É importante ressaltar que a mudança para um alimento específico deve ser feita de maneira gradual e cuidadosa, seguindo das orientações da embalagem do produto e do veterinário.

6- Castração engorda?

Mito. Após o procedimento de castração, a tendência é que os animais fiquem mais sedentários e apresentem aumento no apetite, o que não implica no aumento de peso ou em quadros de obesidade se o tutor fizer as adaptações para essa fase da vida. É necessário que ele receba uma alimentação específica para castrados e que seja estimulado a uma rotina atividades e brincadeiras para gastar energia.

“Os alimentos específicos para animais castrados são completos e balanceados, e atendem a todas as necessidades dos pets que passaram pelo procedimento de castração. Além disso, é importante que o tutor estimule a atividade física, como forma de promover o balaço energético negativo e prevenir o ganho de peso ao longo do tempo”, orienta. 

7- Cães e gatos podem tomar leite de vaca?

Depende. Ao longo da fase de crescimento, o organismo dos cães e gatos apresenta uma diminuição na produção da enzima “lactase”, que é responsável por digerir a lactose (açúcar presente no leite) no intestino. Isso significa que, quando adultos, muitos tornam-se intolerantes à lactose. Com essa condição, a ingestão de leite pode causar problemas como diarreia, vômito e cólicas. Por isso, na maioria dos casos, não é recomendado que cães e gatos tomem leite de vaca.

No entanto, se o animal mantém o hábito de tomar leite mesmo depois do desmame, o organismo dele tende a se adaptar a esse hábito. Nesses casos é provável que a ingestão do leite não cause problemas. Ainda assim, é importante que o tutor monitore esse consumo e fique atento a qualquer sinal de mudança. Em caso de dúvida, a orientação é consultar um veterinário.

Fonte: CANALDOPET.IG.COM.BR