Reprodução/freepikGatos “amassam pãozinho”: o que significa esse gesto fofo?
A alimentação dos gatos precisa ser adaptada a partir dos 7 anos de idade. Nessa fase, conhecida como sênior, o organismo do felino passa por mudanças silenciosas, como a queda no metabolismo, perda de massa muscular e enfraquecimento do sistema imunológico. A transição alimentar ajuda a preservar a saúde e garantir qualidade de vida.
Ao Canal do Pet, a médica-veterinária Mayara Andrade afirma que a escolha do alimento certo impacta diretamente na energia, na digestão e na prevenção de doenças típicas da velhice.
Ao contrário dos humanos, os sinais do envelhecimento felino nem sempre são visíveis. A aparência pode se manter, mas o corpo sofre alterações.
“ Com a idade, o metabolismo do gato fica mais lento, a digestão e a absorção dos nutrientes se tornam menos eficientes ”, afirma Mayara.
Esse processo também afeta o apetite. Muitos gatos idosos passam a comer menos, o que acelera a perda de peso e massa muscular. Há ainda a redução da imunidade, que torna o animal mais suscetível a infecções e doenças crônicas.
Problemas articulares também são comuns. A rigidez ou inflamação nas juntas pode prejudicar a locomoção. Por isso, a alimentação nessa fase deve ajudar não só na nutrição, mas também no suporte aos sistemas afetados pelo envelhecimento.
Alimentos específicos melhoram digestão e fortalecem os músculos
Segundo a veterinária, é essencial escolher rações com alta densidade energética e proteínas de qualidade. Isso ajuda a manter os músculos e o peso corporal, mesmo quando o animal consome menos alimento ao longo do dia.
Mayara alerta que a fórmula deve ser de fácil digestão. “ Outro ponto é o controle de minerais, como o fósforo, que deve estar presente em menor quantidade para não sobrecarregar os rins ”, explica.
Ingredientes como ômega 3, carnitina, glicosamina e condroitina também são importantes. Eles atuam diretamente na saúde das articulações, ajudam a reduzir inflamações e fazem com que a gordura corporal seja transformada em energia de forma eficiente.
A médica-veterinária ressalta que a mudança alimentar deve acontecer mesmo antes de sinais visíveis da velhice. A recomendação é iniciar o acompanhamento com um profissional assim que o gato atinge os 7 anos de idade.
“ A alimentação é um dos pilares fundamentais para a manutenção da saúde dos gatos idosos ”, afirma. Além disso, o acompanhamento veterinário deve se tornar mais frequente nessa fase.
Consultas regulares e exames de rotina ajudam a detectar alterações precocemente. Isso permite ajustar a dieta e iniciar tratamentos antes que o quadro clínico se agrave.
Investir na alimentação correta é uma das formas mais eficazes de oferecer conforto e bem-estar ao animal idoso. Rações voltadas para essa fase da vida têm fórmulas pensadas para suprir todas as necessidades nutricionais.
Esse cuidado reflete diretamente na longevidade. Com a dieta certa, o felino mantém a vitalidade, reduz riscos de doenças renais e articulares e vive os últimos anos com mais energia e disposição.
Gatos idosos exigem atenção redobrada, e a alimentação é parte essencial dessa rotina. Buscar orientação especializada é o primeiro passo para garantir uma velhice saudável e tranquila.
Fonte: CANALDOPET.IG.COM.BR