Arquivo Pessoal/Kátia LuizCachorro caminha 12 km até velório para se despedir do dono
Dizem que o cão é o melhor amigo do homem e quem provou isso, de forma comovente, foi Nick, um vira-lata caramelo. O cachorro percorreu sozinho cerca de 12 quilômetros até o velório do dono, que aconteceu na cidade de Ipuiúna, no Sul de Minas Gerais.
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Claudemir, tutor de Nick, morreu vítima de infarto fulminante na madrugada de 16 de agosto. Durante o velório, realizado no mesmo dia, o cachorro deitou perto do corpo do dono e chegou a chorar baixinho, em uma cena que emocionou familiares e amigos.
Segundo a cunhada de Claudemir, Kátia Luiz, o vínculo entre os dois sempre foi forte e inseparável.
“Claudemir era um homem de uma humildade incrível, e o amor com o Nick era único. Os dois não se desgrudavam”, relembra, em entrevista ao Canal do Pet.
O cachorro foi adotado ainda filhote, quando “cabia na palma da mão” do dono. Desde então, o companheirismo se tornou marca registrada da dupla.
Nick era protetor: não permitia que ninguém se aproximasse de Claudemir sem reagir.
“Ninguém podia se quer pensar em se aproximar do seu tutor que ele já rosnava e avançava”, diz Kátia.
Despedida
Kátia contou que, no dia do velório, ninguém esperava que o cãozinho aparecesse. Nick foi visto primeiro na praça em frente ao cemitério. Depois, entrou discretamente, deitou na entrada do local e se recusou a comer ou beber água.
“ Eu e meu marido, quando chegamos, nos deparamos com ele ali. Ao saber do ocorrido, ficamos pasmos. A família ficou impressionada com o tamanho amor do animalzinho e o esforço que ele fez para estar ali, até porque ninguém imaginava que ele poderia fazer o que fez ”conta Kátia ao iG.
Apesar da tristeza, Nick tem demonstrado sinais de adaptação desde então.
“É como ele entendesse que agora terá que conviver com a família, sem o seu tutor e que deve ser mais carinhoso com todos. É como superasse o luto através da família e nós através dele.”
Mistério
O que mais impressiona é que Nick nunca havia saído da roça onde vivia com Claudemir, muito menos feito um trajeto tão longo sozinho.
Para Kátia, a explicação é que Nick tinha uma relação tão forte com Claudemir que conseguiu perceber algumas movimentações diferentes que ocorreram no dia da morte. A saída súbita do tutor em um horário não habitual e o movimento da família, que chegou e saiu apressada em momentos incomuns, por exemplo, podem ter chamado a atenção do vira-lata.
Por meio do faro e do sentimento de amor e fidelidade, ele então chegou exatamente onde seu tutor estava.
Hoje, Nick continua morando na roça, cercado pelo carinho da família. Para eles, a história deixa uma lição:
“Nada dessa vida se leva. O Nick nos mostrou que o que realmente importa é um relacionamento cheio de amor”, reflete Kátia.
“Representa fidelidade e amor incondicional, o qual superou todos os limites para estarem juntos até mesmo no momento do adeus.”
Fonte: CANALDOPET.IG.COM.BR