Divulgação/FreepikDoenças cardíacas em cães: diagnóstico precoce pode salvar vidas
Assim como acontece com os humanos, os cães também podem sofrer com doenças cardíacas que, na maioria das vezes, se desenvolvem de maneira silenciosa.
A mais comum é a Doença Mixomatosa da Valva Mitral (DMVM), responsável por cerca de 80% dos casos de cardiopatias caninas, especialmente entre raças de pequeno e médio porte.
De acordo com a veterinária Karin Botteon, os primeiros sinais podem passar despercebidos.
“Esse tipo de condição é silenciosa e difícil de detectar sem exames específicos. Muitos tutores só percebem que algo está errado quando a doença já está em estágio avançado”, explica.
Entre os sintomas mais comuns estão cansaço fácil, perda de disposição para passeios e menor interesse por brincadeiras.
Em consultas de rotina, o sopro cardíaco é geralmente o primeiro indício da DMVM, identificado pelo veterinário durante a ausculta com estetoscópio.
Para confirmar o diagnóstico e determinar a gravidade, exames como ecocardiografia e raio-X são indispensáveis.
A American College of Veterinary Internal Medicine (ACVIM) classifica a doença em quatro estágios, que vão desde cães apenas em risco (A) até casos graves com insuficiência cardíaca (C e D).
Raças como Cavalier King Charles Spaniel, Dachshund, Poodle, Chihuahua e Cocker Spaniel estão entre as mais propensas, e o risco aumenta com a idade, especialmente após os sete anos.
Embora a DMVM não tenha cura, o tratamento pode retardar sua progressão e garantir mais qualidade de vida. Além de uma alimentação equilibrada e controle de peso, o monitoramento da frequência respiratória em repouso (FRR) ajuda a identificar agravamentos do quadro.
Para Karin Botteon, a chave está no diagnóstico precoce.
“ Com acompanhamento veterinário regular e tratamento adequado, cães com doença cardíaca podem viver mais e com melhor qualidade de vida. O mais importante é não esperar pelos sintomas: a prevenção começa nas consultas de rotina”, reforça.
Fonte: CANALDOPET.IG.COM.BR