vecstock/freepikCães e gatos devem ter banheiros em aeroportos, determina projeto de lei
Viajar acompanhado de cães e gatos deixou de ser exceção e passou a fazer parte da rotina de muitos brasileiros.
O aumento no número de animais transportados em voos e viagens longas reflete uma mudança no comportamento dos tutores, que cada vez mais incluem os pets nos planos de lazer e férias.
Dados recentes mostram esse avanço. Em 2023, cerca de 80 mil animais foram levados em voos domésticos, a maioria deles na cabine junto aos responsáveis.
A projeção para 2024 indicou crescimento de 15%, superando a marca de 100 mil embarques.
Em 2025, a tendência segue firme: apenas entre janeiro e agosto, a Azul Linhas Aéreas registrou 48,3 mil pets viajando na cabine, número semelhante ao do mesmo período do ano anterior.
Com esse cenário, a atenção à saúde e ao bem-estar dos animais tornou-se indispensável. A veterinária Idelvania Nonato, explica que o planejamento deve começar antes mesmo de arrumar as malas.
“É importante que o animal passe por uma avaliação completa e receba um atestado de saúde, documento obrigatório para viagens aéreas e altamente recomendado para deslocamentos longos por terra”, orienta.
A especialista reforça que a consulta deve ser agendada com antecedência mínima de dez dias e que vacinas e vermífugos precisam estar em dia.
Para cães, as vacinas V8 ou V10 e a proteção contra giárdia estão entre as mais indicadas. Já os gatos devem receber a tríplice viral (V3).
“O calendário de imunização é essencial para reduzir riscos durante a viagem”, destaca.
A escolha do meio de transporte também influencia diretamente na experiência do pet. Segundo Idelvania, trajetos de carro exigem paradas frequentes para hidratação, alimentação e necessidades fisiológicas.
“No transporte terrestre, é fundamental prever paradas regulares para que o animal possa beber água, se alimentar e fazer suas necessidades”, afirma.
Já no transporte aéreo, as regras passaram por mudanças recentes. Em 2025, novas diretrizes inspiradas na chamada Lei Joca e em atualizações da Anac tornaram obrigatório o transporte de animais em voos domésticos regulares.
“Os animais podem ser transportados na cabine ou no compartimento de bagagens, dependendo de critérios como peso e tamanho, definidos por cada companhia”, explica a veterinária.
Outro ponto importante é o uso adequado da caixa ou bolsa de transporte, que deve garantir conforto e segurança. O acessório ideal permite que o animal se movimente minimamente e se sinta protegido. Manter a rotina ajuda na adaptação. Brinquedos, objetos com cheiro familiar e horários semelhantes aos de casa fazem diferença.
“A individualidade de cada pet precisa ser respeitada: raça, idade e comportamento influenciam diretamente na adaptação ao trajeto”, ressalta.
A alimentação também merece cuidado especial. A orientação é reduzir levemente a quantidade de comida antes da viagem para evitar enjoo, sem restringir o acesso à água.
“Animais com maior sensibilidade a náuseas podem precisar ficar por um período sem comer ou beber até estabilizarem durante o percurso”, explica Idelvania, que recomenda viajar em horários mais frescos e garantir ventilação adequada, especialmente em dias quentes.
No destino, os cuidados continuam. Em locais como praias, trilhas ou áreas rurais, é essencial manter a hidratação constante, evitar horários de sol intenso, usar guia e identificação e garantir a proteção contra pulgas e carrapatos. O consumo de água do mar também deve ser evitado.
A especialista ainda alerta que nem sempre incluir o pet na viagem é a melhor escolha. Animais idosos, com doenças ou que não lidam bem com mudanças podem sofrer com o deslocamento.
“Nesses casos, hotéis específicos, pet sitters ou cuidadores podem ser a alternativa mais segura”, afirma.
“Em relação aos gatos, geralmente o ideal é que permaneçam em casa, sendo acompanhados por um cuidador.”
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Fonte: CANALDOPET.IG.COM.BR

