Luiza Moraes
Santos também teve que primeiro se adaptar. No Brasil, sua função não envolvia preparar ou administrar medicamentos, tarefas que, junto com o banho, eram realizadas por outros funcionários. Ela descreve seu trabalho no Brasil mais como uma espécie de gerente de setor. "Temos mais autoridade e mais liberdade lá", diz.
No começo, isso foi motivo de uma certa frustração, recorda, acrescentando que ainda tem medo de fazer algo errado. "O que é certo no Brasil pode ser errado aqui".
Apesar disso, ela não pretende voltar para o Brasil. "A qualidade de vida [aqui] é melhor, tenho férias, posso viajar e aproveitar meu tempo livre".
Na Alemanha, ela também não tem medo de andar sozinha nas ruas, como era tinha no Brasil.
Moraes também não tem planos de voltar ao Brasil. A jovem de 27 anos está atualmente fazendo um curso para atuar no apoio de equipes internacionais de enfermagem. "Na Alemanha, eu queria ter uma perspectiva e segurança, então é uma situação perfeita.
" Ela admite sentir falta da família, mas como fez amigos no país europeu, seu dia a dia se tornou mais fácil.
Korb também não se arrepende de ter vindo para a Alemanha. "Eu faria tudo de novo", diz a jovem de 30 anos.
Enfermeiras querem mais compreensão
As três enfermeiras veem com bons olhos o plano do governo alemão de trazer mais profissionais de enfermagem do Brasil.
Para Santos, porém, é importante que os profissionais estrangeiros recebam algum tipo de apoio na busca por moradia.
Ela também gostaria que houvesse uma compreensão maior sobre a capacidade das enfermeiras brasileiras e um conhecimento prévio dos colegas alemães sobre os procedimentos no Brasil.
"Tive sorte, mas conheço muita gente que não foi bem recebida pelos colegas", conta, acrescentando ter ouvido casos de brasileiros que tiveram ataques de pânico.
Moraes tem opinião semelhante. Afinal, mesmo que a situação, no início, seja equiparável a de estagiários, "nós não somos estagiários". Ela ressalta que mal-entendidos ocorrem muitas vezes não pela falta de capacidade, mas devido às barreiras linguísticas iniciais.
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Fonte: RONDONIAOVIVO.COM