ReproduçãoCriminosos estão vendendo Repelex falsificados
A Anvisa( Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ordenou a apreensão imediata de uma versão clandestina do Repelex Spray Citronela.
O produto falsificado foi identificado em circulação no comércio eletrônico, sem registro no órgão regulador e sem as informações obrigatórias na embalagem, como fabricante, número de lote e data de validade.
A ação foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (2) e exige a retirada de todas as unidades disponíveis no mercado.
A Anvisa também determinou a inutilização do lote clandestino, classificado como irregular por não atender aos requisitos de segurança exigidos para repelentes de uso tópico.
A embalagem do produto falsificado é laranja e não apresenta dados mínimos de identificação, como nome e endereço do fabricante, data de fabricação, validade ou número de registro sanitário.
Essas ausências caracterizam o item como de origem desconhecida e sem comprovação de composição ou eficácia.
Repelentes aplicados diretamente sobre a pele são considerados produtos de risco moderado e, por isso, devem ser registrados como cosméticos ou saneantes, dependendo da sua finalidade.
Prejuízos de repelente falso
shutterstockRepelente
A Anvisa alerta que produtos clandestinos, como a versão falsificada do Repelex, podem causar intoxicações, reações alérgicas ou falha na proteção contra o Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.
Em função do aumento de casos de dengue no Brasil, com mais de um milhão de registros em 2024 e 408 mil casos confirmados até fevereiro deste ano, a agência reforça a necessidade do uso de repelentes regularizados e eficazes.
Além disso, orienta a população a adotar medidas de prevenção contra o mosquito, como o descarte adequado de água parada e o uso de telas de proteção.
Como identificar
Para evitar a aquisição de produtos irregulares, a Anvisa recomenda que consumidores verifiquem o número de registro sanitário na embalagem dos repelentes.
Produtos para uso na pele devem começar com o número 2, enquanto os destinados ao ambiente começam com o número 3. Os registros podem ser consultados diretamente nos sites da Anvisa, conforme a classificação do produto.
Além do registro, a embalagem de um repelente regularizado deve conter número de lote, data de validade, nome do fabricante, modo de uso, restrições e advertências.
No caso de reação adversa, a orientação é procurar o serviço de saúde levando a embalagem e acionar o Disque Intoxicação pelo número 0800 722 6001.
A Anvisa informa que substâncias como icaridina, DEET e IR3535 têm eficácia comprovada contra o Aedes aegypti. A recomendação varia conforme a substância e o grupo etário.
Produtos classificados como “naturais”, à base de citronela ou andiroba, por exemplo, não possuem comprovação científica de eficácia, com exceção do óleo de neem com azadiractina, que deve estar devidamente registrado.
A venda do Repelex falsificado foi detectada em sites de comércio eletrônico, sem a identificação dos domínios. A agência alerta para os riscos de adquirir produtos de procedência desconhecida, especialmente em plataformas que não fornecem garantias de autenticidade.
Fonte: SAUDE.IG.COM.BR