UFRJ desenvolve teste inovador para diagnóstico de dengue

UFRJ desenvolve teste inovador para diagnóstico de dengue

Venilton Kuchler / ANPrMosquito transmissor da dengue

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro ( UFRJ) desenvolveram um novo exame capaz de aumentar a confiabilidade dos diagnósticos: o DiagSyn-Dengue, que identifica de forma específica os anticorpos produzidos contra o vírus da dengue.

O método se baseia na técnica de ELISA indireto, já conhecida na área médica, mas com um diferencial: o uso de proteínas sintéticas desenhadas in silico.

Essa abordagem reduz o risco de reações cruzadas, situação em que exames confundem a dengue com outras doenças virais, como a zika e a chikungunya.

Em entrevista cedida ao Portal iG, a professora Mônica Montero Lomeli, do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ e coordenadora da equipe responsável pela pesquisa, explica as condições que permitiram o desenvolvimento do DiaSyn.

“Conseguimos criar antígenos artificiais altamente específicos, sem interferência de vírus semelhantes. Isso se traduz em diagnósticos mais confiáveis”.

Como funciona o teste?

O DiagSyn-Dengue pode ser aplicado tanto em amostras de sangue quanto de soro, com entrega de resultados entre 2 e 4 horas.

Ele mede de forma quantitativa os anticorpos do tipo IgM(indicadores de infecção recente, detectados a partir do 3º ou 4º dia de sintomas) e IgG(associados a infecções anteriores, geralmente após o 7º dia).


De acordo com a especialista, essa precisão é essencial para diferenciar a dengue de outras arboviroses que circulam no país, evitando erros de diagnóstico que podem atrasar o tratamento.

“É especialmente relevante descartar infecções por zika, já que, em gestantes, o vírus pode causar complicações graves ao feto”ressalta Lomeli.

Pesquisa em andamento 

O teste integra um projeto mais amplo, o DiagSyn Arboviroses, que busca criar ferramentas acessíveis de diagnóstico por meio da biologia sintética. Uma das propostas é desenvolver dispositivos portáteis que unam detecção molecular e sorológica, sem depender de equipamentos caros de laboratório.

Entre as inovações está o uso de um biochip eletrônico, capaz de registrar o resultado por sinal eletroquímico. Isso permite realizar o exame em condições simples, até mesmo em “banho-maria”, o que pode baratear a aplicação em larga escala.

Potencial de distribuição

Segundo a professora Mônica Montero Lomeli, o potencial de aplicação do DiagSyn-Dengue é alto, inclusive para distribuição pelo Sistema Único de Saúde ( SUS) em campanhas de diagnóstico e prevenção. O grande desafio, porém, está na aprovação regulatória pela ANVISA.

“O maior desafio dessa implementação é passar pelas regulações da ANVISA que são muito rígidas, sobre tudo para produtos nacionais. Precisa de um financiamento alto para poder realizar esta etapa”pontua.

Fonte: SAUDE.IG.COM.BR

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