Marcelo Camargo/Agência Brasil – 11/11/2020Fachada do edifício sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a apreensão e o recolhimento de cosméticos vendidos de forma irregular no Brasil.
A decisão, publicada nesta quinta-feira (25), também proíbe a fabricação, a propaganda e o uso desses itens, que não têm comprovação de segurança e eficácia.
Entre os produtos que deverão sair do mercado estão:
Outra marca alvo da medida é a Casa Olência, da empresa 29.142.831 Ana Paula Gomes Borges, que teve todos os seus produtos proibidos de serem fabricados, vendidos ou utilizados.
Produtos sem registro oferecem risco
Segundo a Anvisa, os itens da Lisoterapia e da Le Pieri foram apenas notificados, quando deveriam ter registro. Isso porque os produtos pertencem à categoria grau 2, que exige comprovação de segurança e eficácia, por apresentarem maior risco potencial à saúde.
No caso da Casa Olência, a empresa também não tem autorização de funcionamento para fabricar cosméticos e não possui nenhum produto registrado junto à agência. A Anvisa reforça que cosméticos sem registro não oferecem garantia de qualidade e podem causar sérios danos ao consumidor.
Irregularidades podem ser denunciadas pela Ouvidoria da Anvisa ou pela Central de Atendimento (0800 642 9782).
Remédios para câncer também estão na mira
Além dos cosméticos, a Anvisa determinou o recolhimento de medicamentos falsificados. Um dos alvos foi o Keytruda, usado no tratamento de tumores de pulmão, cabeça e pescoço e estômago. O lote Y005786 foi proibido após a farmacêutica Merck identificar unidades falsificadas no mercado, com rótulos mal formatados e tampas diferentes das originais.
Outro medicamento suspenso foi o anestésico Oppy, do lote 48170003, identificado como falsificado após notificação do laboratório. A agência aponta que a versão irregular trazia abertura com anel de ruptura verde, inexistente no produto verdadeiro.
A fiscalização também atingiu a indústria Equiplex, responsável pela solução fisiológica de cloreto de sódio (9 mg/ml). Três lotes – 2511697, 2511701 e 2419158 – foram suspensos após laudo da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre detectar “material estranho” dentro da bolsa de soro.
O Portal iG procurou a empresa Le Pieri Cosméticos Ltda. via e-mail para um posicionamento e aguarda retorno. Como alguns produtos têm origem desconhecida, não foi possível procurar os fabricantes. O espaço segue aberto para manifestações.
Fonte: SAUDE.IG.COM.BR