shutterstockCarrapato-estrela, que transmite a febre maculosa
O estado de Minas Gerais registrou quatro mortes por febre maculosa, uma doença transmitida por carrapatos. Duas aconteceram recentemente na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Matozinhos. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) ao Portal iG.
De acordo com o órgão, ao todo, foram registrados 29 casos confirmados de febre maculosa em todo o ano de 2025. As outras duas mortes aconteceram em Caeté. Com o total de óbitos, a taxa de letalidade observada até o momento é de 13,7%.
Há, ainda, 13 casos em investigação. No balanço de casos por município de residência, o local que concentra mais diagnósticos é a capital Belo Horizonte, com 5 casos, seguida de Itabira (4) e Santa Luzia (3).
Vale lembrar, no entanto, que o município de residência não corresponde necessariamente ao local provável de infecção.
Veja o balanço completo:
Ao iG, a SES-MG informou que tem realizado o monitoramento contínuo dos casos suspeitos e confirmados, promove capacitações periódicas para profissionais de saúde, divulga materiais técnicos e de orientação e apoia as ações municipais de vigilância e educação em saúde.
Além disso, a pasta “promove capacitações periódicas para profissionais de saúde, divulga materiais técnicos e de orientação e apoia as ações municipais de vigilância e educação em saúde”.
Febre maculosa
De acordo com o Ministério da Saúde, a febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável – pode ter quadros simples e outros fatais.
Ela é causada por bactérias do gênero Rickettsia, transmitidas por meio da picada de carrapatos infectados, especialmente em áreas de mata, pasto ou locais com a presença de animais como cavalos, bois e cães.
No Brasil, a Rickettsia rickettsii é responsável pela forma mais severa da doença, conhecida como Febre Maculosa Brasileira, registrada principalmente nos estados do Sudeste e no norte do Paraná. Já a Rickettsia parkeri, identificada em regiões de Mata Atlântica, costuma causar quadros clínicos mais brandos.
Os sintomas iniciais podem ser confundidos com outras doenças, como dengue, leptospirose ou hepatite viral. Entre os mais comuns estão febre alta, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal e dores musculares constantes.
Em casos graves, podem surgir inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e plantas dos pés, gangrena em extremidades e até paralisia dos membros, que pode evoluir para falência respiratória.
Como se prevenir?
Segundo o Ministério da Saúde, a principal forma de prevenção é evitar o contato com carrapatos. Para isso, é recomendado o uso de roupas claras, de mangas compridas, calçados fechados e meias de cano alto em áreas de risco. Também é indicado o uso de repelentes à base de icaridina.
Após atividades em locais de mata ou pasto, é essencial examinar o corpo e os animais de estimação e, caso notá-los, remover carrapatos com pinça.
A manutenção de quintais limpos, com capina regular, além do uso de carrapaticidas em cães, cavalos e bois sob orientação veterinária, também contribui para a redução da transmissão.
A SES-MG reforça que o diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são decisivos para salvar vidas. Nesse sentido, qualquer pessoa que apresente sintomas suspeitos deve procurar imediatamente uma unidade de saúde.
Fonte: SAUDE.IG.COM.BR