Coren MT/Ricardo Pinho/SES-SEEntenda quando procurar a unidade básica e quando chamar o serviço de emergência
Nem todo sintoma é sinal de emergência e saber essa diferença pode salvar vidas. Muitas pessoas ainda confundem quando devem ligar para o SAMU 192 e quando é o caso de buscar uma Unidade Básica de Saúde (UBS).
Segundo o enfermeiro Renato Lopes Machado, coordenador geral do SAMU Regional Hortolândia-Sumaré, no interior de São Paulo, a falta de informação faz com que equipes de emergência sejam acionadas sem necessidade, prejudicando o atendimento a casos realmente graves.
“É importante entender a diferença entre urgência e emergência. O SAMU deve ser acionado apenas em casos de risco iminente à vida, quando o paciente não tem condições de se deslocar por meios próprios até uma unidade de saúde”, explica o especialista, que atua há 25 anos na área e é também servidor do Hospital de Clínicas da Unicamp.
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Quando acionar o SAMU 192?
O SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) deve ser chamado em situações críticas que exigem socorro imediato no local. Entre os principais casos estão:
Nessas situações, o SAMU envia uma equipe treinada, que pode incluir médico, enfermeiro e unidade de suporte avançado para prestar o atendimento no local e, se necessário, encaminhar o paciente ao hospital mais adequado.
UBS: o primeiro cuidado
Já as Unidades Básicas de Saúde são voltadas para casos sem urgência e funcionam como a principal porta de entrada do SUS.
“É na UBS que o cidadão deve procurar atendimento para controle de doenças crônicas, acompanhamento de gestantes, vacinação, renovação de receitas e cuidados preventivos”, reforça Renato.
Situações como febre baixa, dor de garganta, dor de ouvido, cólicas leves ou sintomas antigos devem ser resolvidas nas UBS ou, em casos intermediários, nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).
Uso indevido coloca vidas em risco
Renato alerta que o uso indevido do SAMU é mais comum do que se imagina. Chamados por falta de transporte, solicitação de remoção para consultas ou sintomas leves desviam recursos e aumentam o tempo de resposta a casos graves.
“O SAMU não é transporte particular. Quando o serviço é acionado sem necessidade, uma equipe deixa de atender alguém que pode estar sofrendo um infarto ou um AVC. Isso pode custar vidas”, enfatiza o coordenador.
A orientação é clara: ligue 192 apenas em emergências com risco imediato à vida. Para todos os outros casos, a UBS é o caminho certo para receber o cuidado adequado e garantir que os recursos de urgência estejam disponíveis para quem realmente precisa.
Fonte: SAUDE.IG.COM.BR

