Reprodução: pixabayO crescimento é atribuído à reintrodução do DENV-3 em áreas com alta circulação de outros sorotipos
Santa Catarina enfrenta um aumento expressivo nos casos do sorotipo DENV-3 da dengue, considerado pela comunidade científica um dos mais perigosos devido ao maior risco de formas graves e hemorrágicas.
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Dados divulgados nesta segunda-feira (27) pela Secretaria de Estado da Saúde e pelo Lacen-SC (Laboratório Central de Saúde Pública) apontam que entre 1º de janeiro e 24 de outubro deste ano os casos confirmados subiram 7.166% em relação ao mesmo período de 2024, passando de 3 para 218 confirmações.
O crescimento é atribuído à reintrodução do DENV-3 em áreas com alta circulação de outros sorotipos, o que aumenta o risco de epidemias, como as registradas no Brasil entre 2000 e 2002.
Até o momento, Santa Catarina contabiliza 25.371 casos prováveis de dengue em 2025, sendo 17.859 confirmados.
Em setembro, as notificações de casos prováveis aumentaram 230% em relação ao mês anterior, indicando o início do período sazonal de proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, que ocorre de outubro a maio.
O estado já registrou 20 mortes por dengue neste ano. As regiões mais afetadas incluem Nordeste, Vale do Itapocu, Grande Florianópolis, Médio Vale do Itajaí, Oeste, Alto Uruguai Catarinense e Foz do Rio Itajaí, onde a proliferação do mosquito é mais intensa.
Ações do governo
Para conter o avanço, o governo de Santa Catarina intensificou ações preventivas em parceria com a Secretaria de Educação e a FECAM (Federação Catarinense de Municípios).
Entre hoje e 8 de novembro, será realizada uma mobilização nas escolas municipais, estaduais e privadas envolvendo alunos, professores e famílias na eliminação de focos do mosquito, como recipientes com água parada.
Além disso, o Plano de Contingência do estado foi atualizado, e 280 técnicos municipais de 13 regionais de saúde passaram por capacitação.
A SES recomenda que a população adote medidas simples de prevenção, incluindo remover objetos que acumulem água, usar repelentes e telas em janelas e manter quintais limpos.
As autoridades alertam que a combinação de chuvas e temperaturas elevadas deve levar a um novo aumento nos casos nas próximas semanas. O acompanhamento epidemiológico segue em todas as regiões.
Fonte: SAUDE.IG.COM.BR

