IATer coxas mais grossas é sinal de saúde?
Quem nunca sonhou em ter pernas grossas e definidas? E você sabia que “coxa grossa” não é apenas estética? Segundo o Dr. Matheus Azevedo, a musculatura de coxas e glúteos funciona como um verdadeiro “tanque metabólico”. Quanto maior a massa magra nessa região, maior a capacidade de captar glicose e ácidos graxos, reduzindo a resistência à insulina e a inflamação sistêmica.
De acordo com o médico, durante e após o exercício o músculo das pernas aumenta os transportadores de glicose (GLUT-4), que funcionam independentemente da insulina, retirando açúcar da circulação. A longo prazo, o treino de força melhora a eficiência mitocondrial, reduz a gordura ectópica e otimiza o metabolismo energético. Isso se traduz em menor risco de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, como comprovam pesquisas recentes.
Estudos científicos reforçam essa ligação
Uma pesquisa publicada em 2024 na revista Frontiers in Nutrition apontou que pessoas com maior circunferência de coxa têm menor risco de desenvolver diabetes tipo 2 e doenças cardíacas, mesmo quando ajustadas por peso e IMC. Já um estudo da Scientific Reports destacou que a gordura localizada na região glúteo-femoral — nas coxas e glúteos — apresenta um perfil metabólico protetor, associado a menor inflamação e maior sensibilidade à insulina. Esses achados explicam por que fortalecer as pernas vai muito além da estética, trata-se de um marcador de saúde metabólica.
Coxas muito finas, por outro lado, podem sinalizar perda de massa magra — especialmente após emagrecimento rápido, sedentarismo ou dieta pobre em proteína. O alerta acende quando a circunferência da coxa diminui junto de queda de desempenho físico (como cansaço ao subir escadas) e piora em exames como glicemia, HbA1c ou triglicerídeos. Preservar a massa muscular dos membros inferiores é essencial para manter a sensibilidade à insulina e o gasto energético do corpo.
E dá para aumentar a circunferência sem ganhar gordura. O médico formado pela Faculdade ITPAC e pós-graduado em Medicina do Envelhecimento Saudável, Nutrologia e Medicina Estética recomenda treinos de força duas a quatro vezes por semana, focando em exercícios como agachamento, leg press, avanço, terra romeno e elevação pélvica — de 3 a 5 séries, 6 a 12 repetições e progressão de carga. Na alimentação, ele indica 1,6 a 2,2 g de proteína por kg/dia, carboidrato suficiente no pós-treino, creatina (3–5 g/dia) e sono de 7 a 8 horas por noite. Segundo o profissional, é possível ganhar de 1 a 3 cm de circunferência em poucos meses e em 6 a 12 meses os resultados podem ser transformadores.
Ele também explicou à coluna que a genética influencia o formato e a inserção muscular, mas o estilo de vida é o que muda o jogo. Homens e mulheres respondem de maneira diferente, enquanto elas costumam se beneficiar de maior volume de séries e frequência para quadríceps e glúteos, eles tendem a progredir carga mais rápido. “Para ambos, técnica impecável, estímulo próximo da falha e proteína adequada são os pilares”, destaca o especialista.
Acervo pessoal
Dr. Matheus Azevedo
Além da estética, os benefícios são amplos. Pernas e glúteos fortes protegem joelhos e coluna, reduzem o risco de quedas, melhoram a circulação, controlam a glicemia e aumentam o gasto energético basal. Manter a força nos membros inferiores é o caminho para envelhecer com autonomia, equilíbrio e vitalidade.
Fonte: SAUDE.IG.COM.BR