Acervo pessoalMinoxidil causa danos ao couro cabeludo
O uso do medicamento Minoxidil, bastante empregado no tratamento da queda de cabelo, pode trazer efeitos adversos para o couro cabeludo, alerta o terapeuta capilar Leandro Pierre. Estudos apontam que, embora eficaz, seu uso contínuo e sem supervisão exige cuidado.
Segundo revisão recente, os efeitos locais mais comuns do minoxidil incluem irritação da pele, eritema (vermelhidão) e foliculite, ou seja, inflamação dos folículos capilares.
Uma pesquisa com 400 usuários mostrou que 13,8% relataram coceira no couro cabeludo, 9,8% apresentaram aumento na queda temporária e 9,5% piora da seborréia.
Leandro Pierre explicou à coluna: “A substância pode dilatar vasos capilares de modo forçado. Se o couro cabeludo estiver irritado, descamando ou com dermatite, a absorção pode aumentar e provocar inflamação silenciosa e até fibrose local”.
De fato, a bibliografia médica destaca que, em pele comprometida ou uso excessivo, há risco aumentado de efeitos sistêmicos ou agravamento local.
Outro detalhe é que no início do tratamento com minoxidil é comum haver uma ampliação temporária da queda de cabelo — que afeta cerca de 16% dos usuários da forma tópica. Isso pode causar ansiedade, e Pierre alerta que “entender essa fase é importante para manter o tratamento sob controle”.
Para o especialista, o caminho seguro inclui:
– Avaliar o estado do couro cabeludo (irritado, lesões, dermatite) antes de iniciar.
– Usar a concentração adequada e sob orientação de profissional.
– Monitorar sinais de irritação ou piora de condições como dermatite seborréica.
– Não interpretar o produto como única solução, mas parte de um plano integrado.
Mesmo sendo aprovado e eficaz no tratamento da alopecia androgenética, o minoxidil não isenta o usuário de avaliar riscos e cuidar da saúde capilar de modo amplo. “Cabelo não é volume momentâneo. É sistema biológico. E sistema biológico não se engana, ele cobra”, conclui Pierre.
Fonte: SAUDE.IG.COM.BR

