Divulgação/Ministério da Saúde Aumento de fumantes está ligado à popularização dos cigarros eletrônicos
O número de fumantes no Brasil voltou a crescer após anos de queda. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o país registrou um aumento de 25% no total de fumantes em apenas um ano, passando de 9,3% para 11,6%da população adulta. O dado acende um alerta, já que o índice vinha diminuindo de forma constante nas últimas duas décadas.
De acordo com especialistas, a popularização dos cigarros eletrônicosconhecidos como vapes, tem papel central nesse avanço. Em entrevista à Agência Brasil, o médico da família Felipe Bruno da Cunha explicou que o crescimento do hábito de fumar entre os mais jovens está diretamente ligado à facilidade de acesso e à falsa percepção de menor risco associada aos novos dispositivos.
“Eu acredito que esse aumento tem muita relação com as novas formas de consumo do tabaco. O cigarro eletrônico e outros tipos alternativos, como o cigarro de palha, têm atraído especialmente os jovens, levando a um aumento expressivo nos últimos anos”, afirma o médico.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o tabagismo uma pandemia global, sendo a principal causa de morte evitável no mundo. Estima-se que o cigarro cause cerca de 8 milhões de mortes por ano, incluindo 1,3 milhão de não fumantes expostos à fumaça alheia.
O médico alerta que mais de 50 doenças estão associadas ao consumo de produtos derivados do tabaco, entre elas problemas cardiovasculares, respiratórios e cerca de dez tipos de câncer.
“Existem inúmeros riscos, não apenas a dependência química, mas complicações físicas graves. Mesmo quem convive com fumantes está sujeito a doenças crônicas e câncer de pulmão. Por isso, é essencial buscar ajuda médica para abandonar o vício”, reforça o especialista.
O aumento recente preocupa as autoridades de saúde, que estudam novas estratégias de prevenção e campanhas educativas voltadas principalmente para adolescentes e jovens adultos, que é o público mais vulnerável às novas formas de fumo.
Fonte: SAUDE.IG.COM.BR

