Jornal CaetéCaeté está em situação de emergência sanitária com risco de febre maculosa
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou a suspensão imediata de dois eventos em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, diante do risco de disseminação da febre maculosa. A decisão foi tomada após pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e vale também para qualquer outro evento com características semelhantes na região.
Foram suspensas as festas “Bonde das Feras”, que ocorreria neste domingo (5) no Clube do Cavalo, em área urbana com características rurais, e a “Cavalhada Mirim”, no distrito de Morro Vermelho, zona rural do município. Ambos os eventos envolvem grande público e contato direto com animais de grande porte, como cavalos e bovinos, em locais próximos a áreas de mata, que é um ambiente propício à proliferação do carrapato-estrela, transmissor da doença.
A Prefeitura de Caeté informou que não emitiu alvarás sanitários para a realização das festas, o que reforçou a necessidade de intervenção judicial. A situação de saúde pública é considerada grave: escolas municipais tiveram as aulas suspensas para a aplicação de dedetização preventiva.
De acordo com o Ministério Público, permitir a realização das festas representaria um risco concreto e iminente de novas infecções e até de óbitos, com potencial dano irreversível à população. A decisão ressalta que, embora os eventos possam ser remarcados futuramente, a prioridade é preservar a vida e a saúde coletiva.
A febre maculosa é uma doença grave causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida pela picada do carrapato-estrela, cujo hospedeiro principal são cavalos, capivaras e bovinos. A transmissão ocorre com facilidade em ambientes de convivência entre humanos e animais, especialmente em áreas de vegetação densa e úmida.
A medida judicial está amparada em Notas Técnicas do Ministério da Saúde, que orientam a suspensão de eventos com risco sanitário e reforçam a importância de ações preventivas de controle e dedetização nas áreas afetadas.
Fonte: SAUDE.IG.COM.BR