Golpistas se passam por Datafolha para clonar WhatsApp de vítimas – Olhar Digital

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WhatsApp Unsplash/Allie Clonagem do WhatsApp segue circulando

Os golpes para roubo de contas do WhatsApp estão cada vez mais presentes. Os criminosos sempre usam algum assunto de interesse humano para atrair as vítimas, como o auxílio emergencial do governo ou a distribuição de algum brinde, por exemplo. Como não poderia deixar de ser, o alvo agora é a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2). 

Relatos recentes indicam que os golpistas enviam um áudio se passando pelo Instituto Datafolha . A mensagem questiona se alguém da família do usuário teve sintomas da doença. De acordo com pessoas que receberam o golpe, a linguagem é bem técnica, justamente para que muitos acreditem se tratar de algo oficial.

Ao fim do áudio, o criminoso informa que, para validar a pesquisa, é necessário que o usuário envie um código de seis dígitos recebido por SMS . Se os números forem informados, a conta do mensageiro é clonada e a vítima perde acesso ao aplicativo quase que imediatamente.

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O suposto “código de seis dígitos” é, na verdade, o código de ativação da conta de WhatsApp  do usuário, que é usado toda vez que o indivíduo troca de aparelho. Ele serve para identificar que a pessoa está tentando ativar uma mesma conta em outro dispositivo – normalmente acontece quando um smartphone novo é comprado, por exemplo.

Com o número de telefone clonado, os criminosos têm acesso à lista de contatos da vítima, podendo aplicar golpes para extorquir dinheiro ou conseguir algum outro benefício.

O motivo pelo qual muitas pessoas caem nesse golpe específico é que o Instituto Datafolha tem realizado pesquisas de Covid-19 durante o período da pandemia. No entanto, todos os contatos para coleta de dados são feitos por telefone e não por mensagem de WhatsApp.

“Em momento nenhum, nas pesquisas do Instituto Datafolha, são enviadas mensagens de confirmação”, disse Mauro Paulino, diretor do Datafolha, em entrevista à Folha de São Paulo.

Como se prevenir?

Em primeiro lugar, a recomendação de diversos especialistas é de ativar o recurso de autenticação de dois fatores do WhatsApp. Isso adiciona uma senha de seis dígitos que deve ser informada em intervalos regulares pelo usuário.

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Caso a vítima tenha informado o código recebido por SMS e não tenha a autenticação de dois fatores ativada, recomenda-se que desinstale e instale o aplicativo novamente o mais rápido possível. Com sorte, o criminoso ainda não ativou a conta em outro aparelho e nem ligou a segunda etapa de segurança. Com isso, é possível reaver o acesso.

Se, no pior dos casos, já não houver o que fazer, é importante entrar em contato com todos os familiares e amigos que podem ser alvos dos golpistas para avisar sobre o ocorrido. Ao avisá-los, é possível evitar que caiam em golpes aplicados por pessoas se passando pelo usuário.

Outra recomendação simples, mas evita muitos problemas: ler com atenção a mensagem recebida por SMS. Nenhum outro serviço, exceto o próprio WhatsApp , solicita um código de ativação para o aplicativo de mensagens. O texto especifica bem que se trata de uma sequência usada no mensageiro, não teria motivos para um instituto de pesquisas solicitá-lo.

Se mesmo após todos esses cuidados o pior acontecer, o próprio WhatsApp também deve ser notificado. Para fazer isso, basta que o usuário envie um e-mail para o endereço “[email protected]” com a seguinte frase no campo de assunto e no corpo do texto: “Perdido/ Roubado: Por favor, desative minha conta”. Além disso, é necessário incluir o número de telefone no formato internacional, ou seja, colocando o +55, seguido do DDD do estado e, por fim, o número de telefone.

FonteX: tecnologia.ig.com.br/olhar-digital/2020-05-29/golpistas-se-passam-por-datafolha-para-clonar-whatsapp-de-vitimas.html