Robô bípede é o primeiro do mundo a completar corrida de 5km; assista

Robô bípede é o primeiro do mundo a completar corrida de 5km; assista

Robô Cassie correndo Reprodução/Youtube Robô Cassie correndo

Um robô bípede construído pela Agility Robotics, da Oregon State University, fez sua primeira corrida de 5 km em 53 minutos e 3 segundos e, acredite, sem precisar de uma carga de bateria.

Chamada de Cassie, a robô foi desenvolvida sob a direção do professor de robótica Jonathan Hurst com uma bolsa de US$ 1 milhão paga pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada, do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, nos 16 meses do projeto.

“Os alunos do Dynamic Robotics Laboratory no OSU College of Engineering combinaram conhecimentos de biomecânica e abordagens de controle de robôs existentes com novas ferramentas de machine learning. Este tipo de abordagem holística permitirá a semelhança com os animais nos mesmos níveis de desempenho. É incrivelmente emocionante”, exaltou Hurst, que foi cofundador da Agility em 2017.

“Em um futuro não muito distante, todos verão e interagirão com robôs em muitos lugares em suas vidas diárias, robôs que trabalham ao nosso lado e melhoram nossa qualidade de vida”, completou ele.

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O sucesso do projeto fez com que o professor e seus alunos apresentassem um artigo na conferência Robotics: Science and Systems neste mês.

Aprendizado de reforço profundo

Com joelhos dobrados como os de um avestruz, a robô aprendeu sozinha a correr com o que é conhecido como algoritmo de aprendizado de reforço profundo. “O aprendizado por reforço profundo é um método poderoso em inteligência artificial (IA) que desenvolve habilidades como correr, pular e subir e descer escadas”, explicou Yesh Godse, aluno de graduação do laboratório.

Cassie caiu duas vezes no percurso: uma por causa de um computador superaquecido e outra porque a robô foi solicitada a executar uma curva em uma velocidade muito alta. No total, foram 6 minutos e 30 segundos de reinicializações.

“Cassie é um robô muito eficiente por causa de como foi projetado e construído, e fomos realmente capazes de atingir os limites do hardware e mostrar o que ele pode fazer”, finalizou Jeremy Dao, aluno do Dynamic Robotics Laboratory no OSU College of Engineering.

Fonte: TECNOLOGIA.IG.COM.BR