Implantação do 5G pode atrasar mais dois meses, afirma Anatel

Implantação do 5G pode atrasar mais dois meses, afirma Anatel

Reprodução 5G deve atrasar ainda mais para chegar ao Brasil

O grupo que faz o acompanhamento para permitir a instalação das novas redes 5G vai enviar ao Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) proposta para adiar por dois meses o uso das principais frequências para a rede de Quinta Geração pura (ou stand alone) em todas as capitais e no Distrito Federal (DF).

Pelas regras do leilão, o prazo para liberação da faixa que permite a ativação do 5G era 30 de junho de 2022. A Quinta Geração permite velocidade até cem vezes maior que a atual rede 4G e vai permitir a implantação de objetos conectados nas indústrias e dar fôlego a carros conectados, por exemplo.

“O prazo para o cumprimento das primeiras metas (obrigações) de ativação de ERBs (antena) era 31 de julho de 2022 – sendo uma ERB para cada 100 mil habitantes nas capitais”, disse a Anatel.

Segundo a Anatel, a motivação técnica para o chamado Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi) pedir pela adoção de prazo adicional foi a impossibilidade de entrega de equipamentos pela indústria, para a realização da mitigação de interferências nas estações satelitais, no prazo original.

“A Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF) explicou que o lockdown na China, a escassez de semicondutores, as limitações do transporte aéreo e a demora no desembaraço aduaneiro trouxeram impactos ao projeto”, disse a Anatel.

Segundo a Anatel, o edital do Leilão do 5G já previa que os prazos estabelecidos no cronograma poderiam ser alterados em 60 dias, “desde que constatadas dificuldades técnicas para a realização de atividades necessárias para a migração da recepção do sinal de televisão aberta e gratuita por meio de antenas parabólicas na Banda C para a Banda Ku ou para a desocupação da faixa de 3.625 MHz a 3.700 MHz por sistemas do Serviço Fixo por Satélite (FSS)”.

O Gaispi é composto por representantes da Anatel, do Ministério das Comunicações e de todas as empresas vencedoras do leilão. O Grupo é presidido pelo conselheiro da Anatel, Moisés Moreira.

A próxima reunião do Conselho Diretor da Anatel está prevista para 2 de junho, mas o tema  pode ser decidida pelo chamado “circuito deliberativo” (apenas documental) ou em reunião extraordinária. 

Fonte: TECNOLOGIA.IG.COM.BR