Saulo Cruz/Agência SenadoSenador Astronauta Marcos Pontes (PL) conduz audiência pública para debater as iniciativas do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial
A inteligência artificial não é o futuro, é o presente. Ela já está transformando a forma como produzimos, aprendemos, nos tratamos e até como governamos. O Brasil vive um momento decisivo: ou nos tornamos produtores de tecnologia, ou permanecemos dependentes das plataformas estrangeiras que definem o que vemos, pensamos e fazemos.
Mas, como astronauta e engenheiro, aprendi uma lição fundamental: a tecnologia mais poderosa do mundo ainda é o ser humano.
Por isso, realizei uma audiência pública na Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação do Senado Federal para debater e avaliar as iniciativas e impactos do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PEBIA) e deixei clara uma premissa: a IA deve servir ao homem, e não o contrário. Ela é uma ferramenta, e como toda ferramenta poderosa, precisa ser usada com ética, sabedoria e responsabilidade.
O PEBIA é um passo importante. O Plano nasceu de um esforço conjunto entre ministérios, universidades, empresas e sociedade civil, com um propósito de colocar a tecnologia a serviço das pessoas. Ele coloca o Brasil no mapa das nações que decidiram liderar a revolução digital e não somente segui-la.
São R$ 23 bilhões em investimentos até 2028, fruto direto da decisão do Congresso de blindar o FNDCT, o fundo que sustenta nossa ciência. É o resultado da luta e visão estratégica: garantir que a inovação brasileira não dependa da vontade de outros países.
O plano já está em execução. Estamos falando de:
Mas é importante dizer: a inteligência artificial não substitui a inteligência humana. Nenhum algoritmo sente empatia, tem fé ou age com compaixão. Por isso, o centro de tudo deve continuar sendo o ser humano com valores, princípios e responsabilidade.
A missão do Brasil é construir uma IA brasileira, soberana e humanizada, feita para resolver os desafios do nosso povo, da gestão pública à saúde, da segurança digital à educação do futuro. Não queremos apenas importar tecnologias; queremos formar brasileiros que as criem, dominem e exportem.
Eu acredito que a IA deve ser um instrumento de soberania nacional, capaz de proteger nossos dados, gerar empregos qualificados, apoiar as pequenas empresas e melhorar a vida das pessoas, especialmente nas áreas de saúde, educação e segurança pública.
O Brasil tem talento, criatividade e instituições sólidas. Falta apenas coordenar forças. A IA não deve substituir o ser humano, mas libertá-lo do trabalho repetitivo para que possa pensar, criar e inovar.
Nosso compromisso é garantir que o futuro digital do país seja livre, seguro e humano.
Assim como na corrida espacial, a corrida da inteligência artificial será vencida não por quem corre mais rápido, mas por quem tem propósito, estratégia e coragem de liderar. E é isso que estamos fazendo no Senado Federal: guiando o Brasil para um futuro onde ciência e humanidade caminham lado a lado.
Fonte: TECNOLOGIA.IG.COM.BR

