O presidente do Partido Social Democrático (PSD), Luís Montenegro, referiu que “o foco do PSD é ser uma alternativa do Governo ao Partido Socialista (…) que traga mais futuro a Portugal”, no seu discurso de encerramento da Universidade de Verão, este domingo.
Segundo Montenegro, o partido “não é uma oposição histérica, não é uma oposição estéril, não é uma oposição de ‘bota abaixo’, mas uma oposição exigente, fiscalizadora, que faz o escrutínio político do Governo e da administração”.
O foco, segundo o líder do partido, “é ser uma alternativa do Governo ao Partido Socialista (…) capaz de mobilizar o voto dos portugueses, mas sobretudo que corresponda a um Governo que traga mais bem-estar, mais qualidade de vida, mais esperança, mais futuro a Portugal”.
Referindo-se àqueles que acusam o partido de “não deslocar das sondagens”, o presidente do PSD volta a afincar que o seu partido “tem o foco na alternativa”, com “causas, convicções e projetos”. “Estamos a dar aos portugueses orientações principais dos eixos de política pública (…) por isso é que não se fala noutra coisa senão no PSD”, acrescentou.
“Há os partidos da esquerda e da extrema esquerda, há os partidos da direita e da extrema direita e há o partido do Governo em que quase todas as suas intervenções nos últimos 30 dias foram não para defender aquilo que eles defendem mas para comentar aquilo que defende o PSD”, atirou ainda.
Na ótica de Montenegro, isto “tem uma leitura”: “O PSD está a falar daquilo que interessa às pessoas, está a falar daquilo que interessa realmente a cada ser humano, a cada cidadão português, mais jovem ou menos jovem”.
Recorde-se que a Universidade de Verão decorre desde segunda-feira, um dia depois do antigo presidente do PSD Luís Marques Mendes ter admitido a sua disponibilidade para uma candidatura presidencial, palavras que acabaram por ter ecos ao longo de toda a semana.
O ex-líder do CDS-PP Paulo Portas foi um dos oradores convidados e, questionado sobre o tema, defendeu que a prioridade do espaço não socialista deve ser construir uma alternativa para suceder ao primeiro-ministro António Costa e não procurar um sucessor para o Presidente da República.
O próprio Marcelo Rebelo de Sousa participou na Universidade de Verão do PSD – a primeira vez em formato presencial desde que foi eleito para Belém – e acabou por resumir o seu legado e dizer o que espera de um futuro sucessor.
A fechar a semana, o antigo primeiro-ministro Durão Barroso passou também pela Universidade de Verão do PSD e, voltando a afastar uma candidatura presidencial em 2026, preferiu deixar metas paras as eleições europeias já do próximo ano, que definiu como “prioridade imediata” do partido.
[Notícia atualizada às 12h56]
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Fonte: NOTICIASAOMINUTO.COM