Nova fábrica da BYD acirra concorrência entre marcas chinesas

Nova fábrica da BYD acirra concorrência entre marcas chinesas

Divulgação Totalmente elétrico, BYD Dolphin será um dos carros produzidos em Camaçari, Bahia

Finalmente saiu o acordo entre Governo da Bahia e BYD que também envolveu a fábrica desativada da Ford em Camaçari. Na reta final, o Estado recebeu os prédios, com as ampliações feitas pela filial da americana, por R$ 220 milhões  e repassou-os para a marca chinesa em forma de arrendamento.

Por sua vez, a empresa chinesa precisará equipar todo o complexo para produzir carros híbridos flex plugáveis (Song Plus) e elétricos (Dolphin e Yuan Plus), caminhões leves e chassis de ônibus (ambos elétricos) e uma unidade de processamento de lítio e ferro fosfato (metais usados em baterias) para exportação.

Os R$ 3 bilhões que a BYD investirá na Bahia, incluindo um centro de pesquisa e desenvolvimento também na região metropolitana de Salvador, são o mesmo montante já anunciado pela conterrânea GWM em Iracemápolis (SP)na fábrica em preparação adquirida da Mercedes-Benz do Brasil. E, pouco mais de um mês atrás, a CAOA-Chery também revelou o desembolso de R$ 3 bilhões para aumentar a produção do Tiggo 5x de motor a combustão . Mas, nada adiantou sobre produzir híbridos em Anápolis (GO), hoje importados da China.

Que número mágico será este de R$ 3 bilhões (US$ 600 milhões)?

A BYD garantiu que a fábrica é a primeira desse porte fora do país de origem e capaz de produzir até 150.000 unidades por ano, embora não revelasse quando esse volume seria atingido. Inicialmente, vai gerar 5.000 empregos diretos e indiretos. A fabricação começará entre o final de 2024 e o começo de 2025, porém faltou anunciar um cronograma de lançamentos e o índice de conteúdo local.

O governo baiano pretende isentar do IPVA modelos produzidos no Estado com preço até R$ 300.000 ( Song Plus, hoje importado, custa R$ 229.800 com o desconto recente de R$ 40.000 ).

Já a GWM, enquanto se prepara para iniciar produção em maio de 2024, estuda priorizar o SUV Haval H6 híbrido flex  como seu primeiro produto e só depois a picape híbrida flex Poer . A decisão depende dos termos do programa Mobilidade Verde e Inovação a ser anunciado pelo Governo Federal (com mais um atraso, no final deste mês), conforme adiantou o site Automotive Business.

Assim, as escaramuças entre marcas chinesas no Brasil mal começaram.

Fonte: CARROS.IG.COM.BR